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quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

A renúncia do Papa


Não sou mais Pontífice Sumo da Igreja... sou simplesmente um peregrino que começa a última etapa da sua peregrinação sobre esta terra
Últimas palavras públicas do Papa Bento XVI em Castel Gandolfo
ROMA, 28 de Fevereiro de 2013 (Zenit.org) - Publicamos a seguir as últimas palavras públicas do Papa Bento XVI, dirigidas as fieis reunidos em Castel Gandolfo, nessa tarde às 18h30, hora local.
***
Obrigado!
Obrigado a vós!
Caros amigos, me sinto feliz de estar aqui convosco, rodeado pela beleza do Criado e pela vossa simpatia  que me faz muito bem. Obrigado pela vossa amizade, o vosso afeto.
Sabeis que este meu dia é diferente dos anteriores: não sou mais Pontífice Sumo da Igreja católica: até às oito da tarde o serei ainda, depois não mais. Sou simplesmente um peregrino que começa a última etapa da sua peregrinação sobre esta terra. Mas ainda gostaria ... [aplausos – obrigado!] mas gostaria ainda com o meu coração, com o meu amor, com a minha oração, com a minha reflexão, com todas as minhas forças interiores, trabalhar para o bem comum e o bem da Igreja e da humanidade. E me sinto muito apoiado pela vossa simpatia. Vamos pra frente com o Senhor para o bem da Igreja e do mundo. Obrigado, vos dou agora [aplausos]... com todo o coração a minha benção. Seja bendito Deus Onipotente, Pai e Filho e Espírito Santo. Obrigado, Boa noite! Obrigado a vós todos!
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O Papa cumprimenta os cardeais e vai para Castel Gandolfo
Às 17h (13h no horário de Brasília), o Santo Padre deixa o apartamento papal. Às 20h (16h no horário de Brasília) se concluirá o Pontificado de Bento XVI
Por Antonio Gaspari
CIDADE DO VATICANO, 28 de Fevereiro de 2013 (Zenit.org) - Esta tarde, às 17h, 13h no horário de Brasília, o Santo Padre Bento XVI deixou o apartamento papal para ir à Castel Gandolfo, onde permanecerá até que esteja pronta a sua nova residência no Vaticano. O apartamento papal será lacrado até a eleição do novo Papa.
Às 20h, (16h no horário de Brasília), conclui-se portanto o pontificado de Bento XVI. A guarda Suíça presente em Castel Gandolfo fechará o portão e a partir daquele momento Joseph Ratzinger assumirá a dignidade de Pontífice emérito.
Durante o briefing diário na Sala de Imprensa vaticana, o porta-voz Pe. Federico Lombardi comunicou que no encontro com Bento XVI haviam 140 cardeais, mais os chefes de Dicastério não cardeais da cúria Vaticana.
O diretor da sala de imprensa afirmou que o texto do Papa não estava previsto e que foi “muito bonito e apreciado o gesto de agradecer os cardeais e os colaboradores da Cúria”.
"Além disso - acrescentou Lombardi - o Santo Padre disse que não tem nenhuma intenção de interferir na atividade do sucessor mas como todo membro da Igreja reconhecerá plenamente a Autoridade daquele que será eleito”.
A partir de hoje a conta do Twitter do Papa permanecerá em silêncio. Será o novo pontífice  que vai decidir  se usar a mesma conta ou abrir uma nova.
Até o momento há 3.641 jornalistas de 968 diferentes meios, de 34 línguas e de 61 nações diferentes, que estão credenciados junto à Sala de Imprensa Vaticana.
São  336 jornalistas para a imprensa, 156 fotógrafos, 2470 entre operadores e correspondentes da televisão, 231 radialistas, 115 jornalistas para sites da web. A lista não compreende os jornalistas já acreditados de modo permanente junto à Sala de Imprensa.
Quando perguntado sobre o papel dos oito cerimoniários admitidos para o Conclave,  Pe. Lombardi explicou que o cerimoniários “estarão presente somente para distribuir as cédulas e para queimá-las no final de cada escrutínio. Assistem à missa matutina que acontece na capela Paulina, mas não estão presentes quando se vota na Capela Sistina"
Quando perguntado sobre como e quando o anel do Pescador do Papa Bento XVI será inutilizado, o Pe. Lombardi afirmou que o anel "não será destruído", mas "apenas marcado" de modo que “não se possa mais ser usado como selo pelo Pontífice Bento XVI”. Sobre o tempo em que se fará isso o Cardeal Camerlengo dirá às Congregações gerais.
Sobre as sugestões publicadas por um semanário italiano, segundo o qual há funções de interceptações no Vaticano, pe. Lombardi explicou que "duas ou três medidas foram colocadas sob controle com a permissão da magistratura do estado da Cidade do Vaticano – sublinhou padre Lombari – mas isso não tem nada a ver com o conclave”.
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O último dia do Papa
O programa do 28 de fevereiro até a sede vacante
ROMA, 28 de Fevereiro de 2013 (Zenit.org) - Hoje, às 20h Bento XVI deixa de ser Papa. O programa que lhe aguarda é intenso. Pela manhã tem cumprimentado os cardeais, um por um, na Sala Clementina do Vaticano. “Somente nesse momento saberemos quantos cardeais terão vindo a Roma”, disse ontem o porta -voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, confirmando no briefing de hoje pela manhã, que contou 140 cardeais no encontro com o Papa nesta manhã. 
Também hoje o apartamento pontifício será selado, como indica a constituição Universi Dominici Gregis, a lei sobre o final de um pontificado.
Tal documento foi atualizado pelo papa segunda-feira passada, com alguns detalhes, entre eles que a comissão de cardeais que se reune durante a sé vacante pode adiantar o conclave. Antes da mudança os cardeais podiam interpretar a lei e adiantar a eleição, agora, ao contrário é a mesma constituição que o permite sem necessidade de nenhuma interpretação.
Na parte da tarde, às 16h45 (12h45 no horário de Brasília) Bento XVI descerá no pátio de São Damião no Vaticano. Ali cumprimentará a algumas outras autoridades e seus colaboradores mais próximos que trabalham na Secretaria de Estado. Um piquete da Guarda Suíça vai render-lhe honras.
Será levado de carro ao heliporto, situado a uns 800 metros de distância, na parte alta da colina vaticana – uma das elevações que formam a cidade de Roma – amuralhada onde se encontra essa Cidade, coração da catolicidade.
Últimas saudações e daí voará aproximadamente às 17h , hora local (13h, hora de brasília), de helicóptero para Castel Gandolfo, a residência pontificia de verão localizada a 20 quilômetros de Roma, ou seja a uns 15 minutos de vôo. Bento XVI vai ficar lá por vários meses, porque não quer influenciar os cardeais que participam do conclave com a sua presença no Vaticano.
Somente após este tempo, voltará para o mosteiro Mater Ecclesiae, localizado dentro das muralhas. (O local do retiro do papa no Vaticano).
Ainda hoje pela tarde, com a sua chegada a Castel Gandolfo, o papa será recebido pelas autoridades locais da cidade e pelo bispo da diocese, Marcello Semeraro. Logo depois sairá na varanda de Castel Gandolfo - cerca das 17h30 (13h30, horário de Brasília) - para cumprimentar a população local.
Às 20 hs, na tranquilidade de Castel Gandolfo, Bento XVI deixará de ser papa. A partir deste momento se chamará “santidade Bento XVI” e usará a batina branca, sem a capa pequena que cobre os ombros e que caracteriza o pontífice que pastoreia a Diocese de Roma e é o “primus inter paris” da Igreja Católica.
Bento XVI será papa emérito, o cardeal camarlengo Tarcisio Bertone quebrará o anel do Pescador e o selo de chumbo. A Guarda Suíça – guarda pessoal do pontífice – fechará as portas do castelo de Castel Gandolfo e deixará de exercer suas funções neste tempo na residência temporal de Bento XVI, porque já não haverá papa para custodiar. Entrará em função a Gendarmeria do Vaticano, seus serviço de segurança.
A Igreja terá entrado na sé vacante.
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IGREJA E RELIGIÃO


"Obrigado, Santo Padre, pelo dom do seu ministério pastoral tão rico de fé"
Palavras do cardeal Angelo Scola no final da via crúcis na Catedral de Milão, na última terça-feira
ROMA, 28 de Fevereiro de 2013 (Zenit.org) - Caríssimas irmãs, caríssimos irmãos,
Queremos unir-nos, desde já, a todos os fiéis que amanhã irão ao encontro do Santo Padre na Praça de São Pedro, por ocasião da sua última audiência geral de quarta-feira. Entre eles, não faltarão os fiéis ambrosianos, presentes com suas paróquias, associações e movimentos.
Queremos também fazer um sincero agradecimento ao Santo Padre pelo dom do seu ministério pastoral, tão rico de fé, de testemunho, de alto magistério e de extraordinária humildade.
Expressamos, na oração, a nossa proximidade filial a Bento XVI.
Eu sinto o dever de recordar a todos os fiéis ambrosianos [ndr: ou seja, de Milão, histórica diocese de Santo Ambrósio] a tarefa que o Santo Padre confiou aos bispos da Lombardia na recente visita ad limina. Durante uma conversa intensa e familiar, o papa nos fez refletir em certo momento sobre a centralidade geográfica da Lombardia na Europa, para depois chegar à seguinte declaração: "A Lombardia está chamada a ser o coração crente da Europa". É uma responsabilidade que diz respeito a todos os fiéis, seja qual for o seu estado de vida.
Com a intensificação da oração, em especial ao participar da santa missa “pro eligendo pontifice”, com o sacrifício do jejum, com as obras da caridade, com o verdadeiro arrependimento que nos conduz ao sacramento da reconciliação, invocamos o Espírito de Jesus Ressuscitado para imbuir com os seus sete dons os cardeais que se reunirão em conclave. O Espírito lhes conceda, apoiados ainda pelo carinho da comunhão de todos os fiéis, a graça de se perguntarem humildemente o que é que Ele, neste momento de transição delicado, está pedindo a todas as igrejas do mundo que vivem à imagem da Igreja universal.
Que esta pergunta purifique a Santa Igreja de Deus, para que ela faça brilhar mais e mais em seu rosto o Cristo Jesus, luz de todas as nações do mundo.

Um Pontífice revolucionário
Em apenas oito anos, o papa Bento XVI renovou a Igreja
Por Antonio Gaspari
ROMA, 28 de Fevereiro de 2013 (Zenit.org) - Desde a sua eleição, Bento XVI foi retratado como um severo guardião da ortodoxia, um ancião rígido, conservador da estrutura. Na realidade, em seus oito anos de pontificado, ele realizou uma obra de renovação, reforma e refundação da Igreja que chega a ser revolucionária.
Ratzinger ainda não era papa quando, na meditação da nona estação da via crúcis de 2005, disse: "O que pode nos dizer a terceira queda de Jesus sob o peso da cruz? Talvez ela nos faça pensar na queda do homem em geral, no afastamento de muitos de Cristo, na deriva, à mercê de um secularismo sem Deus".
Não era uma reflexão fora do tempo. Ele salientou: "Não devemos pensar, também, no quanto Cristo tem que sofrer dentro da sua própria Igreja?".
"Quantas vezes se abusa do Santíssimo Sacramento da sua presença! Em que vazio de corações ele tem que entrar tantas vezes! Quantas vezes celebramos apenas nós próprios, sem perceber a presença dele! Quantas vezes sua Palavra é distorcida e mal empregada!".
"Que pouca fé existe em tantas teorias, quantas palavras vazias! Quanta sujeira há na Igreja, inclusive entre aqueles que, no sacerdócio, deveriam pertencer completamente a ele! Quanto orgulho, quanta autossuficiência! Que pouco respeito nós temos pelo sacramento da reconciliação, onde ele nos espera para nos levantar sempre que caímos!".
"Tudo isto está presente na sua paixão. A traição dos discípulos, a recepção indigna do seu Corpo e do seu Sangue, isto é certamente o maior sofrimento do Redentor, aquele que lhe atravessa o coração! Não nos resta mais que clamar, do fundo do coração: Kyrie eleison - Senhor, salvai-nos! (cf. Mt 8,25)".
A coragem e a força destas palavras convenceram os cardeais e o Espírito Santo a tal ponto que o cardeal Joseph Ratzinger foi eleito papa com o nome de Bento XVI.
Ele rejeitou imediatamente a tentação de um pontificado de transição, que servisse apenas para evitar o naufrágio da barca de Pedro nas dificuldades externas e internas que cresciam.

Apesar da fragilidade de saúde e do peso dos anos, ele aceitou com alegria e fé o desafio de renovar a igreja, empurrando-a para a nova evangelização.
Ele sabia das dificuldades. Quando se apresentou na janela da basílica de São Pedro, se disse "um humilde trabalhador na vinha do Senhor".
Poucos compreenderam. O primeiro trabalho que se faz na vinha é a poda. Como disse o núncio no Quirguistão e Tajiquistão, dom Miguel Maury Buendía em entrevista à EWTN Notícias, Bento XVI "tem feito uma limpeza do episcopado. Ele tem removido dois ou três bispos por mês em todo o mundo, porque as dioceses deles eram uma bagunça, ou a disciplina deles era um desastre".
"Os núncios locais iam até o bispo e diziam: ‘O Santo Padre pede, pelo bem da Igreja, que o senhor renuncie’. Quase todos os bispos, quando o núncio chegava, reconheciam o desastre e concordavam em renunciar. Houve dois ou três casos em que eles disseram que não; o papa, então, simplesmente os removeu. E esta é uma mensagem para os bispos: façam o mesmo na sua diocese".
É difícil essa tarefa da limpeza. Na homilia da sua primeira missa como papa, Bento XVI pediu aos fiéis: "Não me deixem só, rezem por mim, para que eu não fuja, com medo, diante dos lobos".
Estas palavras fortes nos voltaram à mente quando soubemos que o mordomo do papa fotocopiava e roubava a correspondência privada do pontífice, passando-a para pessoas que usavam as informações para criar escândalo, divisões e medos.
Mas seria enganoso pensar no pontificado de Bento XVI como mero trabalho de limpeza da Igreja, ainda que heróico.
Juntamente com a poda da árvore milenar da Igreja, Bento XVI cuidou e regou as raízes e fez crescer os ramos e os brotos. Ele nos deliciou com suas catequeses semanais e com seus livros e discursos. Falou com coragem e sabedoria para os governos do mundo; tentou consertar os cismas com as várias denominações cristãs, oferecendo soluções iluminadoras; apoiou os leigos e os movimentos eclesiais, incentivou o clero e os religiosos, suscitou vocações; foi incansável em recomendar a prática da confissão e da eucaristia; empurrou toda a Igreja a se aprofundar no ano da fé, a fim de encontrar o entusiasmo para a nova evangelização.
Ciente da gravidade do momento histórico e da importância da Igreja católica para o mundo, Bento XVI se confiou à misericórdia divina, assumindo o papel de papa emérito e abrindo espaço para um conclave que elegerá um novo papa.
Agradecemos a Deus por tudo o que o nosso amado papa Bento XVI fez pela Igreja e pela humanidade, e esperamos confiadamente pela chegada do novo pontífice.

Portal dos Dehonianos: Liturgia diária

Portal dos Dehonianos

Renuncia do Papa


SHOPPING MISCELÂNEA - BLOG DO ANTENOR ANDRADE: Teu anjo - Anjos de Resgate

SHOPPING MISCELÂNEA - BLOG DO ANTENOR ANDRADE: Teu anjo - Anjos de Resgate: Somente o amor de DEUS preenche o vazio em nós.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Liturgia diária.

* Uma boa tarde para vocês. Estou postando toda a liturgia do dia. Vocês podem refletir tudo ou os textos que desejarem(P.Antenor).


 Segunda-feira - 2ª Semana da Quaresma Lectio Primeira leitura: Daniel 9, 4b-10 Senhor, Deus grande e temível, que és fiel à Aliança e que manténs o teu favor para com os que te amam e guardam os teus mandamentos. 5*Todos nós pecámos, prevaricámos, praticámos a iniquidade, fomos revoltosos, afastámo-nos dos teus mandamentos e das tuas leis. 6*Não escutámos os teus servos, os profetas, que falaram em teu nome aos nossos reis, aos nossos chefes, aos nossos pais e a todo o povo da nação. 7*Para ti, Senhor, a justiça; para nós, a infâmia, como é hoje para as gentes de Judá, para os habitantes de Jerusalém e para todo o Israel, para aqueles que estão perto e aqueles que estão longe, em todos os países por onde os espalhaste, em consequência das iniquidades que cometeram contra ti. 8Sim, ó SENHOR, para nós a vergonha, para os nossos reis, para os nossos chefes, para os nossos pais, porque pecámos contra ti. 9No Senhor, nosso Deus, a misericórdia e o perdão, pois nos revoltámos contra Ele. 10Recusámos escutar a voz do SENHOR, nosso Deus; não seguimos as leis que nos propunha pela boca dos seus servos, os profetas. oa A oração de Daniel, colocada no capítulo 9, explica um oráculo de Jeremias sobre a duração do exílio em Babilónia e sobre a restauração de Jerusalém (cf. Jer 25, 11ss; 29, 10). De acordo com alguns exegetas, os 70 anos preditos por Jeremias devem interpretar-se como 70 semanas de anos, isto é, 490 anos.

sábado, 23 de fevereiro de 2013

Bíblia Online

2o DOMINGO DA QUARESMA


Gen 15,5-12.17-16
Fl 3, 17-4,1 ou 20-4,1
Lc 9, 28-36

Estamos no final da “etapa da Galileia”; durante essa etapa, Jesus anunciou a salvação aos pobres, proclamou a libertação aos cativos, fez os cegos recobrar a vista, mandou em liberdade os oprimidos, proclamou o tempo da graça do Senhor (cf. Lc 4,16-30). À volta de Jesus já se formou esse grupo dos que acolheram a oferta da salvação (os discípulos). Testemunhas das palavras e dos gestos libertadores de Jesus, eles já descobriram que Jesus é o Messias de Deus (cf. Lc 9,18-20). Também já ouviram dizer que o messianismo de Jesus passa pela cruz (cf. Lc 9,21-22) e que os discípulos de Jesus devem seguir o mesmo caminho de amor e de entrega da vida (cf. Lc 9,23-26); mas, antes de subirem a Jerusalém para testemunhar a erupção total da salvação, recebem a revelação do Pai que, no alto de um monte, atesta que Jesus é o Filho bem amado. Os acontecimentos que se aproximam ganham, assim, novo sentido.
Para o homem bíblico, o “monte” era o lugar sagrado por excelência: a meio caminho entre a terra e o céu, era o lugar ideal para o encontro do homem com o mundo divino. É, portanto, no monte que Deus Se revela ao homem e lhe apresenta os seus projectos.
MENSAGEM

Liturgia do 2o Domingo da Quaresma

02º Domingo da Quaresma - Ano C



Tema do 2º Domingo da Quaresma
As leituras deste domingo convidam-nos a reflectir sobre a nossa “transfiguração”, a nossa conversão à vida nova de Deus; nesse sentido, são-nos apresentadas algumas pistas.
A primeira leitura apresenta-nos Abraão, o modelo do crente. Com Abraão, somos convidados a “acreditar”, isto é, a uma atitude de confiança total, de aceitação radical, de entrega plena aos desígnios desse Deus que não falha e é sempre fiel às promessas.
A segunda leitura convida-nos a renunciar a essa atitude de orgulho, de auto-suficiência e de triunfalismo, resultantes do cumprimento de ritos externos; a nossa transfiguração resulta de uma verdadeira conversão do coração, construída dia a dia sob o signo da cruz, isto é, do amor e da entrega da vida.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Evangelho, sábado


Dia Litúrgico: Sábado I da Quaresma

Evangelho (Mt 5,43-48): «Ouvistes que foi dito: ‘Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo!’ Ora, eu vos digo: Amai os vossos inimigos e orai por aqueles que vos perseguem!. Assim vos tornareis filhos do vosso Pai que está nos céus; pois ele faz nascer o seu sol sobre maus e bons e faz cair a chuva sobre justos e injustos. Se amais somente aqueles que vos amam, que recompensa tereis? Os publicanos não fazem a mesma coisa? E se saudais somente os vossos irmãos, que fazeis de extraordinário? Os pagãos não fazem a mesma coisa? Sede, portanto, perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito».

Comentário: Rev. D. Joan COSTA i Bou (Barcelona, Espanha)
Amai os vossos inimigos e orai por aqueles que vos perseguem
Hoje, o Evangelho exorta-nos ao mais perfeito amor. Amar é querer o bem do outro e nisto se baseia a nossa realização pessoal. Não amamos para procurar o nosso bem, mas sim o bem de quem amamos, e assim fazendo crescemos como pessoas. O ser humano, como afirmou o Concílio Vaticano II, «não pode encontrar a sua plenitude senão na entrega sincera de si mesmo aos outros». A isso se referia Santa Teresa do Menino Jesus quando pedia para fazermos da nossa vida um holocausto. O amor é a vocação humana. Todo o nosso comportamento, para ser verdadeiramente humano, deve manifestar a realidade do nosso ser, realizando a vocação do amor. Como escreveu João Paulo II, «o homem não pode viver sem amor. Ele permanece para si mesmo um ser incompreensível, a sua vida fica privada de sentido se não se lhe revela o amor, se não se encontra com o amor, se não o experimenta e o faz próprio, se não participa nele vivamente». 

O amor tem o seu fundamento e a sua plenitude no amor de Deus em Cristo. A pessoa é convidada a um diálogo com Deus. Cada um existe pelo amor de Deus que o criou e pelo amor de Deus que o conserva, «e só pode dizer-se que vive na plenitude da verdade quando reconhece livremente este amor e se confia totalmente ao seu Criador» (Concílio Vaticano II): esta é a razão mais alta da sua dignidade. O amor humano deve, portanto, ser custodiado pelo Amor divino, que é a sua fonte, nele encontra o seu modelo e nele é levado à plenitude. Portanto, o amor, quando é verdadeiramente humano, ama com o coração de Deus e abraça incluso os inimigos. Se não é assim, não se ama de verdade. Daqui decorre que a exigência do dom sincero de si mesmo se torne um preceito divino: «Sede, portanto, perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito» (Mt 5,48).

Bento XVI ( Dos jornais)




Bento desce da cruz
 
"Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para
todo o propósito debaixo do céu.
Há tempo de nascer, e tempo de morrer; tempo de plan-­
tar, e tempo de arrancar o que se plantou ". - Eclesiastes 3

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Renúncia do Papa


Não é necessário que o papa permaneça naquela posição até a morte
Pe. Eduardo divulga Nota sobre renúncia do Papa Bento XVI
CAMPINAS, 13 de Fevereiro de 2013 (Zenit.org) - Padre Eduardo Dougherty (sj), fundador da Associação do Senhor Jesus (ASJ) e idealizador da Rede Século 21, divulga nota sobre o anúncio da renúncia do papa Bento XVI, realizada nesta segunda-feira, dia 11 de fevereiro. Publicamos a nota seguir:
***
“Tú és Pedro e sobre esta pedra edificarei minha Igreja” (Mt 16,18)
Recebemos a notícia da renúncia do Papa Bento XVI como uma palavra de sabedoria, que nos surpreendeu profundamente.
Creio que agora está na hora de refletir sobre a Igreja. Nós temos nosso credo: ‘Creio em Deus Pai, Creio em Jesus, Creio no Espirito Santo, Creio na Santa Igreja Católica’. A nossa Igreja é o corpo de Cristo, é o Cristo vivo agindo. Acreditamos que o Espírito Santo está movendo esta Igreja.
Vivenciamos, nestes últimos anos, um servo de Deus muito capaz, Bento XVI. Creio que ele foi movido pelo Espirito Santo, pois chegou ao ponto de dizer que é melhor ‘que eu renuncie para o bem deste corpo’: “renuncio ao Ministério de Bispo de Roma, sucessor de São Pedro, que me foi confiado por meio dos Cardeais em 19 de abril de 2005, de modo que, a partir de 28 de fevereiro de 2013, às 20 horas, a sede de Roma, a sede de São Pedro ficará vaga”.
As coisas no mundo, hoje, são muito mais rápidas, como a comunicação, que é instantânea. E esta foi uma decisão movida pelo Espirito Santo para colocar outro servo à frente da Igreja.
Deus pode fazer o que Ele quiser. Não é necessário o papa permaneça naquela posição até a morte. Esta decisão do Papa foi uma palavra de sabedoria que nos surpreendeu profundamente, e acolhemos com nosso apreço e orações as razões apresentadas por Sua Santidade.
Eu acredito que é Deus que manda na Igreja, porque ela é o corpo de Nosso Senhor Jesus Cristo e um corpo que é movido pelo Divino Espirito Santo.
No dia de pentecostes ficaram todos cheios do Espírito Santo, e esta Igreja é movida pelo Espirito Santo. Fundada por Nosso Senhor Jesus Cristo com o derramamento do Espirito Santo.
Nós temos o próprio Senhor Jesus Cristo presente nesta Igreja, neste corpo maravilhoso que recebemos o perdão de Jesus. Primeiro, somos integrados pelo Sacramento do Batismo; recebemos o perdão de Jesus; somos ungidos pela força do Espirito Santo, pelo Sacramento de Crisma; e algumas pessoas são ordenadas, consagrados de coração indiviso para servir à Igreja. Jesus pode fazer o que Ele quiser no corpo dele. Então a Igreja continua. Eu ‘creio em Deus Pai, em Jesus, no Espirito Santo, na Santa Igreja Católica’ que é o corpo Dele hoje em dia.
Certamente, nós católicos devemos orar, amar a nossa Igreja, entender a beleza da nossa Igreja que foi fundada pelo Nosso Senhor Jesus Cristo. Temos que orar para que a pessoa certa, o servo certo seja escolhido para estar à frente da Igreja, onde por oito anos esteve Bento XVI, com toda sua humildade e grandeza.

Encontro com Bento XVI



O último encontro com um sábio humilde
Último encontro do Papa Bento XVI com o clero de Roma
Por Pe. Anderson Alves
ROMA, 20 de Fevereiro de 2013 (Zenit.org) - No dia 14/02/2013 ocorreu o último encontro do Papa Bento XVI com o clero de Roma, tradicionalmente realizado na primeira quinta-feira da Quaresma. Esse ano foi bem especial, devido à “notícia do século”, como é chamada na Europa a renúncia do Papa ao ministério petrino. A diferença dos outros anos, o evento iniciou com uma peregrinação da Praça São Pedro até a tumba do príncipe dos Apóstolos, guiada pelo cardeal-vigário de Roma, Agostino Vallini. Ao iniciar, eu trazia na memória as recordações da Missa do dia anterior, a última celebrada pelo Papa, na qual ocorreu algo extraordinário: durante a procissão final, todos se despediram do Papa com incessáveis aplausos e lágrimas. E o Papa, repleto de uma paz transbordante, sorria e abençoava a todos docemente[i].

Sobre a renúncia de Bento XVI


Perguntas que todos fazem sobre a renúncia de Bento XVI
23 respostas curtas para 23 questões levantadas
ROMA, 20 de Fevereiro de 2013 (Zenit.org) - A renúncia de Bento XVI tem levantado questões legítimas não apenas no mundo católico. Algumas são práticas, enquanto outras têm implicações mais profundas em suas respostas.
O porta-voz oficial do Vaticano, padre Federico Lombardi, deu diversas conferências de imprensa, entre 12 e 15 de Fevereiro. Durante obreafing, vários jornalistas levantaram questões que Pe. Lombardi respondeu com as informações disponíveis no momento.
A partir dessas contestações, oferecemos uma seleção ágil e breve de 23 respostas sobre as questões mais discutidas nos dias de hoje.
A formulação das perguntas e respostas não foram reproduzidas literalmente, foram preparadas, trabalhadas e publicadas no bloghttp :/ / actualidadyanalisis.blogspot.com, com base no que o Pe. Lombardi respondeu. Seguem as respostas, embora não sejam explicitamente como formuladas. A conta Twitter: https://twitter.com/mujicaje tem enviado atualizações relacionadas aos dados enviados pela Assessoria de Imprensa da Santa Sé em tempo real.
1. Qual será a última aparição pública de Bento XVI como Papa?
A última aparição pública como Papa Bento XVI será na Audiência Geral de quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013 na Praça de São Pedro, no Vaticano. Em caráter extraordinário, a Audiência Geral contará com a liturgia da Palavra e momentos de oração. No dia seguinte, quinta-feira 28, está agendada uma audiência privada na Sala Clementina da Santa Sé com alguns cardeais. Será a última audiência de seu pontificado.
2. Bento XVI tem alguma doença grave?
Não, Bento XVI não tem nenhuma doença grave.
3. É verdade que Bento XVI tem um marcapasso?
Sim, é verdade que Bento XVI tem um marcapasso. Ele tem desde que era Cardeal-Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé. Há algumas semanas atrás trocaram as baterias do marcapasso.
4. A encíclica sobre a fé que Bento XVI estava escrevendo vai ser publicada?
Não, não está previsto que a encíclica será publicada dado que Bento XVI não pôde concluir. Eventualmente, se for decidido torná-la pública, não entraria no ramo de "encíclica".
5. Por que Bento XVI escolheu as 20:00 do dia 28 de fevereiro para completar o seu ministério como Papa?
Porque é a hora que ele normalmente termina o seu dia de trabalho.
6. Para onde vai Bento XVI após sua aposentadoria como Papa?
Inicialmente, por um período de dois meses, para a residência pontifícia de Catel Gandolfo. Depois, volta para o Vaticano para viver no mosteiro de clausura Mater Ecclesiae.
7. É verdade que Bento XVI decidiu demitir-se durante sua viagem apostólica ao México?
Durante sua viagem apostólica ao México e Cuba, Bento XVI amadureceu o tema de sua renúncia como uma etapa a mais no seu longo processo de reflexão e discernimento sobre este tema. Além disso, a viagem não teve qualquer relevância a este respeito.
8. Qual será o nome e o título de Bento XVI após 28 de fevereiro?
É um tema que ainda está sendo ponderando. Existe certa unanimidade de que manterá o nome de Bento XVI e o título será "Bispo emérito de Roma". No Anuário Pontifício "Bento XVI" continuará a ser o nome oficial utilizado.
9. Bento XVI vai participar do Conclave para eleger seu sucessor?
Não. Bento XVI não vai participar do Conclave para eleger o seu sucessor e nem fará parte do Colégio Cardinalício.
10. Como Bento XVI irá se vestir após 28 de Fevereiro?
Ainda não se sabe como Bento XVI se vestirá após 28 de Fevereiro.
11. A renúncia de um Papa está prevista na Igreja?
Sim. A renúncia de um Papa está prevista e regulamentada pelo Código de Direito Canônico.
12. O que vai acontecer com monsenhor Georg Gänswein, secretário particular de Bento XVI e prefeito da Casa Pontifícia?
Monsenhor Georg Gänswein continua secretário particular de Bento XVI, vai acompanhá-loem Castel Gandolfoe depois ao mosteiro Mater Ecclesia, e também permanece prefeito da Casa Pontifícia. Da mesma forma, é possível que o segundo secretário transfira-se para Castel Gandolfo e acompanhe Bento XVI por um tempo.
13. Quem vai morar com Bento XVI no mosteiro Mater Ecclesia, dentro do Vaticano, após a sua aposentadoria?
Os Memores (grupo de mulheres consagradas, membros da família pontifícia, que auxiliam o papa nas necessidades regulares de casa) e seu secretário pessoal, monsenhor Georg Gänswein.
14. A questão dos chamados "Vatileaks" (vazamento de documentos reservados) influenciou a decisão do Papa?
Não teve nenhuma relevância. Se você deseja receber informações corretas deve se limitar ao que disse o Papa sobre sua renúncia.
15. Aproximadamente, quando poderia começar o Conclave?
As datas mais convincentes indicam que iniciará entre 15 e 20 de março.
16. Bento XVI mudou as regras para a eleição de um Papa nas últimas semanas?
Não. Bento XVI não mudou recentemente as regras para a eleição de um Papa. Em 2007, ele fez uma pequena alteração para mudar o sistema de votação. Essa modificação de 2007 estabelece que é necessário uma maioria de dois terços na votação realizada no Conclave. O resto das normas vigentes continua a ser as da Constituição Apostólica Universi Dominici Gregis.
17. Qual é o termo correto para descrever o que o Papa fez?
"Renúncia" seria o termo mais específico e técnico. "Demissão" não, porque pressupõe que alguém aceita a demissão para que tenha efeito e, no caso do Papa, isso não é necessário. "Abdicação" seria o termo mais adequado para um rei.
18. Existem lutas de poder no Vaticano?
Em toda instituição existe uma dinâmica que leva a opiniões diferentes, o que é sempre uma riqueza. A diferença e diversidade de opiniões são positivas se conduzem ao bem da própria instituição. Tais diferenças, no entanto, não devem ser exageradas porque não corresponderiam à realidade e às intenções das pessoas. Afirmar que há lutas de poder não corresponde à realidade do que está acontecendo na Igreja agora.
19. O jornalista Peter Seewald entrevistou Bento XVI antes de sua demissão?
O jornalista alemão Peter Seewald, que no passado se reuniu várias vezes com Joseph Ratzinger- Bento XVI, entrevistou o Papa Bento XVI faz dois meses e meio. A entrevista faz parte da biografia oficial de Bento XVI em que está trabalhando Seewald.
20. Bento XVI encontrará o novo Papa?
Não está programado que Bento XVI encontrará o novo Papa.
21. Por que Bento XVI decidiu ficar, depois de dois meses em Castel Gandolfo, num mosteiro no Vaticano e não retornar à Baviera, sua terra natal?
Bento XVI não mencionou claramente, mas a presença e oração de Bento XVI no Vaticano dá uma continuidade espiritual ao papado. Além disso, Bento XVI mora no Vaticano há mais de três décadas.
22. Quais são as razões exatas dadas por Bento XVI para a sua renúncia?
Na segunda-feira 11 de fevereiro, o Papa Bento XVI afirmou explicitamente que chegou “à certeza de que as minhas forças, devido à idade avançada, já não são idóneas para exercer adequadamente o ministério petrino” e também mencionou que para governar a Igreja e anunciar o Evangelho é necessário “o vigor quer do corpo quer do espírito; vigor este, que, nos últimos meses, foi diminuindo de tal modo em mim que tenho de reconhecer a minha incapacidade para administrar bem o ministério que me foi confiado.
23 - Qual é a agenda oficial de Bento XVI de 11 a 28 de fevereiro de 2013?
O calendário oficial de Bento XVI é o seguinte:
23 de fevereiro: Conclusão dos exercícios espirituais
24 de fevereiro: Último Angelus de Bento XVI na Praça de São Pedro
25 de fevereiro: Audiência privada com alguns cardeais
27 de fevereiro: Última Audiência Geral de Bento XVI
28 de fevereiro: Às 11 horas saúda os cardeais na Sala Clementina do Vaticano. Às 17:00 se transfere para Castel Gandolfo. Às 20:00 começa a Sede Vacante.

Evangelho, quinta-feira


Dia Litúrgico: Quinta-feira da 1ª semana da Quaresma

Evangelho (Mt 7,7-12): «Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e encontrareis; batei, e abrir-se-vos-á. Porque, aquele que pede, recebe; e, o que busca, encontra; e, ao que bate, abrir-se-lhe-á. E qual de entre vós é o homem que, pedindo-lhe pão o seu filho, lhe dará uma pedra? E, pedindo-lhe peixe, lhe dará uma serpente? Se vós, pois, sendo maus, sabeis dar boas coisas aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos céus, dará bens aos que lhe pedirem? Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho também vós, porque esta é a lei e os profetas».

Comentário: Rev. D. Joaquim MESEGUER García (Sant Quirze del Vallès, Barcelona, Espanha)
Aquele que pede, recebe; e, o que busca, encontra
Hoje, Jesus nos fala da necessidade e do poder da oração. Não podemos entender a vida cristã sem relação com Deus, nesta relação, a oração ocupa um lugar central. Enquanto vivemos neste mundo, os cristãos nos encontramos num caminho de peregrinação, mas a oração nos aproxima de Deus, nos abre as portas de seu amor imenso e nos antecipa as delicias do céu. Por isso, a vida cristã é uma contínua petição e busca: «Peçam, e lhes será dado! Procurem, e encontrarão! Batam, e abrirão a porta para vocês!» (Mt 7,7),nos diz Jesus.

Ao mesmo tempo, a oração vai transformando o coração de pedra num coração de carne: «Se vocês, que são maus, sabem dar coisas boas a seus filhos, quanto mais o Pai de vocês que está no céu dará coisas boas aos que lhe pedirem» (Mt 7,11). O melhor resumo que podemos pedir a Deus está no Pai Nosso: «venha o teu reino; seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu» (cf. Mt 6,10). Portanto, não podemos pedir na oração qualquer coisa, que não seja realmente um bem. Ninguém deseja um dano para si mesmo; por isso, não podemos querer para os outros.

Há quem se queixa de que Deus no lhe escuta, porque não vê os resultados de imediatamente ou porque pensa que Deus não lhe ama. Nesse caso, não nos fará mal recordar este conselho de São Jerônimo: «É verdade que Deus dá a quem pede, que quem busca encontra, e a quem chama lhe abrem: se vê claramente que aquele que não recebeu que não encontrou, nem lhe abriram, é porque não pediu bem, não buscou bem, nem chamou bem à porta». Peçamos então em primeiro lugar a Deus que faça como que o nosso coração seja bom como o de Jesus Cristo.E

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Evangelho, 20/02/2013


Dia Litúrgico: Quarta-feira da 1ª semana da Quaresma
Evangelho (Lc 11,29-32): E, ajuntando-se a multidão, começou a dizer: «Maligna é esta geração; ela pede um sinal; e não lhe será dado outro sinal, senão o sinal do profeta Jonas; Porquanto, assim como Jonas foi sinal para os ninivitas, assim o Filho do homem o será também para esta geração. A rainha do sul se levantará no juízo com os homens desta geração, e os condenará; pois até dos confins da terra veio ouvir a sabedoria de Salomão; e eis aqui está quem é maior do que Salomão. Os homens de Nínive se levantarão no juízo com esta geração, e a condenarão; pois se converteram com a pregação de Jonas; e eis aqui está quem é maior do que Jonas».

Evangelho, dia 19.


Dia Litúrgico: Terça-feira da 1ª semana da Quaresma

Evangelho (Mt 6,7-15): «E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios, que pensam que por muito falarem serão ouvidos. Não vos assemelheis, pois, a eles; porque vosso Pai sabe o que vos é necessário, antes de vós lho pedirdes.

»Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome; Venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu; O pão nosso de cada dia nos dá hoje; E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores; E não nos induzas à tentação; mas livra-nos do mal; porque teu é o reino, e o poder, e a glória, para sempre. Amém. Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós; Se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai vos não perdoará as vossas ofensas».

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Evangelho, dia 18


Dia Litúrgico: Segunda-feira da 1ª semana da Quaresma

Evangelho (Mt 25,31-46): «Quando o Filho do Homem vier em sua glória, acompanhado de todos os anjos, ele se assentará em seu trono glorioso. Todas as nações da terra serão reunidas diante dele, e ele separará uns dos outros, assim como o pastor separa as ovelhas dos cabritos. E colocará as ovelhas à sua direita e os cabritos, à sua esquerda. Então o Rei dirá aos que estiverem à sua direita: ‘Vinde, benditos de meu Pai! Recebei em herança o Reino que meu Pai vos preparou desde a criação do mundo! Pois eu estava com fome, e me destes de comer; estava com sede, e me destes de beber; eu era forasteiro, e me recebestes em casa; estava nu e me vestistes; doente, e cuidastes de mim; na prisão, e fostes visitar-me’. Então os justos lhe perguntarão: ‘Senhor, quando foi que te vimos com fome e te demos de comer? Com sede, e te demos de beber? Quando foi que te vimos como forasteiro, e te recebemos em casa, sem roupa, e te vestimos? Quando foi que te vimos doente ou preso, e fomos te visitar?’. Então o Rei lhes responderá: ‘Em verdade, vos digo: todas as vezes que fizestes isso a um destes mais pequenos, que são meus irmãos, foi a mim que o fizestes!’.

»Depois, o Rei dirá aos que estiverem à sua esquerda: ‘Afastai-vos de mim, malditos! Ide para o fogo eterno, preparado para o diabo e para os seus anjos. Pois eu estava com fome, e não me destes de comer; com sede, e não me destes de beber; eu era forasteiro, e não me recebestes em casa; nu, e não me vestistes; doente e na prisão, e não fostes visitar-me. E estes responderão: ‘Senhor, quando foi que te vimos com fome ou com sede, forasteiro ou nu, doente ou preso, e não te servimos?’ Então, o Rei lhes responderá: ‘Em verdade, vos digo, todas as vezes que não fizestes isso a um desses mais pequenos, foi a mim que o deixastes de fazer!’ E estes irão para o castigo eterno, enquanto os justos irão para a vida eterna».

Comentário: Rev. D. Joaquim MONRÓS i Guitart (Tarragona, Espanha)
Todas as vezes que não fizestes isso a um desses mais pequenos, foi a mim que o deixastes de fazer!
Hoje é-nos recordado o juízo final, «quando o Filho do Homem vier em sua glória, acompanhado de todos os anjos» (Mt 25.31), e é-nos sublinhado que dar de comer, beber, vestir… resultam obras de amor para um cristão, quando ao fazê-las se sabe ver nelas o próprio Cristo.

Diz São João da Cruz: «À tarde te examinarão no amor. Aprende a amar a Deus como Deus quer ser amado e deixa a tua própria condição». Não fazer uma coisa que tem que ser feita, em serviço dos outros filhos de Deus e nossos irmãos, supõe deixar Cristo sem estes detalhes de amor devido: pecados de omissão.

O Concilio Vaticano II, e a Gaudium et spes, ao explicar as exigências da caridade cristã, que dá sentido à chamada assistência social, diz: «Sobretudo em nossos dias, urge a obrigação de nos tornarmos o próximo de todo e qualquer homem, e de o servir efetivamente quando vem ao nosso encontro, quer seja o ancião, abandonado de todos, ou o operário estrangeiro injustamente desprezado, ou o exilado, ou o filho duma união ilegítima que sofre injustamente por causa dum pecado que não cometeu, ou o indigente que interpela a nossa consciência, recordando a palavra do Senhor: «todas as vezes que o fizestes a um destes meus irmãos mais pequeninos, a mim o fizestes» (Mt 25,40)»

Recordemos que Cristo vive nos cristãos… e diz-nos: «Eu estou convosco todos os dias até ao fim do mundo» (Mt 28,20).

O IV Concilio de Latrão define o juízo final como verdade de fé: «Jesus Cristo há-de vir no fim do mundo, para julgar os vivos e os mortos, e para dar a cada um segundo as suas obras, tanto aos condenados como aos eleitos (…) para receber segundo as suas obras, boas ou más: aqueles com o diabo castigo eterno, e estes com Cristo glória eterna».

Peçamos a Maria que nos ajude nas ações de serviço a seu Filho nos irmãos.

domingo, 17 de fevereiro de 2013

I Domingo da Quaresma.


I Domingo da Quaresma. Lc. 4, 1-13. (Antenor).

1. No centro da liturgia hodierna está o episódio das tentações no deserto. Lc. coloca o fato como um exemplo para a Igreja.
> O v. 13 nos diz que “ terminadas as tentações o diabo se retirou para retornar no tempo oportuno”.  Que se entende por tempo oportuno? Antes de tudo trata-se do tempo da Paixão de Jesus em que Ele tb foi tentado (se és Filho de Deus, desce da Cruz). Mas tb significa o Tempo da Igreja.
 A história de Jesus continua na vida de seu Corpo Místico que é a Igreja. O demônio, após tentar o Chefe e ser rechaçado volta-se tb para a organização fundada por Jesus, a Igreja, que somos nós.

Evangelho, 1o domingo da Quaresma.


Foi levado pelo Espírito ao deserto; E quarenta dias foi tentado pelo diabo
Hoje Jesus, «cheio do Espírito Santo» (Lc 4,1), introduz-se no deserto, longe dos homens, para experimentar de forma imediata e sensível a sua dependência absoluta do Pai. Jesus sente-se agredido pela fome e esse momento de desfalecimento é aproveitado pelo Maligno, que lhe tenta com a intenção de destruir o núcleo da identidade de Jesus como Filho de Deus: sua adesão substancial e incondicional ao Pai. Com os olhos postos em Cristo, vencedor do mal, hoje os cristãos nos sentimos estimulados a entrar no caminho da Quaresma.

sábado, 16 de fevereiro de 2013

Bento XVI, sua grande inteligência



Bento XVI é uma das maiores inteligências do mundo atual
Por Alejandro Ridruejo Martínez
ROMA, 14 de Fevereiro de 2013 (Zenit.org) - Publicamos a seguir o testemunho pessoal sobre o papa Bento XVI escrito pelo médico espanhol Alejandro Ridruejo Martínez, ex-presidente da Irmandade Médico-Farmacêutica dos Santos Cosme e Damião, que conheceu o pontífice pessoalmente em um congresso da Federação Mundial de Médicos Católicos.
***
Tinha pensado em escrever muito pouco este ano. Entre os vários motivos, por estar ocupado na edição de um livro simples, que reúne a maioria dos artigos que já publiquei.
Recebi a notícia depois da missa na pequena capela da enfermaria dos padres carmelitas descalços de Burgos.
Conheci pessoalmente o papa faz quatro anos, graças a um congresso organizado pela Federação Mundial de Médicos Católicos, que é presidida pelo jovem médico espanhol José María Simón Castellví, meu bom amigo. O congresso tratava da doação de órgãos.
Já comentei sobre este congresso, mas não me importo em repetir alguns detalhes.
Bento XVI nos recebeu na Sala Clementina por volta de meio-dia e meia e nos falou sobre a grandeza da gratuidade na doação de órgãos humanos e sobre o perigo da perversão através do dinheiro.
Os alemães o consideram hoje o alemão mais inteligente. Ele pode ser uma das maiores inteligências do mundo atual. Várias vezes, foi confirmado que ele estava acima de todos os que o rodeavam no Vaticano, o que, para mim, era um grande motivo de alegria e de tranquilidade, em particular por saber que ele sofreu a traição dos próprios colaboradores. Aliás, acho que ali começou o verdadeiro deteriorar-se físico dessa pessoa com antecedentes de ictus cerebral e com 85 anos de idade. Não nos esqueçamos da grande valentia que ele teve ao perseguir a pederastia na Igreja, nem de que devemos seguir o seu exemplo ao abordar este problema, que foi outro grande desgosto para a sua personalidade sensível.
Bento XVI, muito conhecido pela quantidade de escritos e como homem livre e humilde, também deixou escrita a possibilidade da renúncia do papa, por razões de idade, doença, falta de forças; como pessoa coerente, ele toma uma decisão muito respeitável.
Com toda gratidão e carinho,
Alejandro Ridruejo Martínez

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Os Papas que renunciaram


Conheça papas que renunciaram e o que aconteceu após saída do Vaticano

Bento XVI saúda católicos pela primeira vez como Papa após Conclave, em 19 de abril de 2005 Foto: AFP
Bento XVI saúda católicos pela primeira vez como Papa após Conclave, em 19 de abril de 2005
Foto: AFP
Embora a possibilidade de renúncia de um papa esteja prevista no Código de Direito Canônico, a decisão de Bento XVI de abrir mão do comando da Igreja Católica causou surpresa em fiéis e até mesmo na cúpula do Vaticano. Isso porque a situação é incomum, já que o último pontífice a renunciar foi Gregório XII, há quase 600 anos.
Historiadores ainda divergem sobre o número de papas que renunciaram aos seus postos, mas há unanimidade em três casos: Ponciano, Celestino V e Gregório XII. Segundo o historiador medieval Donald Prudlo, professor da Universidade do Alabama, por ser uma situação extremamente rara, a decisão da renúncia abre um questionamento sobre o que acontece com o papa após abdicar do cargo.
Ele explicou à Rádio do Vaticano que um dos casos mais conhecidos é o de Celestino V, que após a renúncia acabou sendo colocado em uma espécie de cela, em uma vida reclusa sob supervisão do novo pontífice, Bonifácio VIII. Situação diferente viveu o último papa a renunciar antes de Bento XVI. "Gregório, por outro lado, viveu o resto de sua vida como um bispo muito respeitado", afirma. De acordo com ele, apesar do "choque" que a renúncia de Bento XVI causou, a Igreja Católica está preparada para enfrentar o desafio de escolher um novo papa com o antecessor ainda em vida.
Veja a seguir a trajetória dos papas que renunciaram a seus cargos:
Ponciano
O papa Ponciano renunciou em 235 d.C Foto: Reprodução
O papa Ponciano renunciou em 235 d.C
Foto: Reprodução
Segundo Donald Prudlo, as primeiras evidências sobre a possibilidade de renúncia de um papa vem do ano de 235 d.C., com São Ponciano.  O italiano nascido em 175 assumiu o comando da Igreja Católica após um conclave em 230, uma época marcada por pela divisão do catolicismo.  
Ponciano e outros líderes da Igreja foram exilados pelo imperador romano Maximino Trácio na Sardenha, uma ilha do mar Mediterrâneo. Percebendo que jamais conseguiria retornar ao Vaticano, decidiu renunciar ao posto.
Celestino V
Celestino V renunciou em 1234 Foto: Getty Images
Celestino V renunciou em 1234
Foto: Getty Images
São Celestino V renunciou à função no mesmo ano de sua eleição, em 1294. Ele vivia como eremita até a sua nomeação como papa e não se sentiu preparado para assumir a liderança da Igreja. A escolha de um desconhecido foi a opção do conclave para acabar com a guerra pela sucessão de Nicolau IV, morto dois anos antes. Mas o novo Papa rapidamente expôs as razões que o impediam de desempenhar suas funções: sua humildade e saúde. Ele abdicou em 13 de dezembro de 1294 e alguns dias depois o cardeal Bento Gaetani foi eleito para sucedê-lo sob o nome de Bonifácio VIII.
O novo papa tentou manter Celestino a seu lado, mas o monge tentou escapar e se juntar novamente à sua ordem, que passou a adotar o nome de "Celestinos". No entanto, ele foi capturado pelos guardas do Papa e passou a viver em uma espécie de cela. Celestino V morreu em 1296 e está sepultado na igreja de sua ordem em Aquila.
Gregório XII
Gregório XII renunciou em 1415 Foto: Getty Images
Gregório XII renunciou em 1415
Foto: Getty Images
Nascido em Veneza em 1327, Angelo Correr foi eleito papa com mais de 80 anos de idade. Ele assumiu o posto em 1406, com o nome de Gregório XII. A renúncia ocorreu em 1415, como parte de uma negociação no Concílio de Constança para acabar com as disputas de poder dentro da Igreja durante o período do Grande Cisma do Ocidente – uma crise na Igreja Católica que perdurou de 1378 a 1417. Como seu sucesso, foi eleito Marinho V. Gregório se tornou um bispo respeitado e morreu um ano depois