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sábado, 26 de maio de 2012

Outra postagem sobre o milagre de Caná da Galiléia

Jo 2, 1-5

O relato das Bodas de Caná é um dos episódios bíblicos que mais me tem fascinado ao longo de minhas leituras do Evangelho. Entre os vários motivos para tal fascínio, gostaria aqui de destacar dois. Primeiro, porque este episódio faz antever a perfeita sintonia expressa entre Maria e seu Filho, Jesus Cristo. Essa sintonia, de tal ordem que basta uma palavra de intercessão da Mãe para que o pedido seja prontamente atendido pelo Filho, faz de Maria a suprema intercessora de quantos a Ela recorrem em busca de socorro nas ocasiões de desalento. O papel de Maria como intercessora maior de todos os cristãos encontra neste episódio que assinala, também, o primeiro milagre operado por Cristo, o exemplo paradigmático.
Segundo, porque neste episódio é antecipado o supremo mistério cristão, qual seja, o da Transsubstanciação, em que o pão se converte no Corpo de Cristo e o vinho no seu Sangue. A memória desse mistério será instituída, também, durante a celebração de um banquete, o banquete pascal, celebrado por Cristo com seus discípulos quando da última ceia. O primeiro milagre, portanto, operado por ocasião de um banquete nupcial, antecipa, de forma lapidar, o banquete do cordeiro, também ele nupcial, posto que neste último, Cristo, o supremo esposo, se oferece inteiro à alma. As núpcias de Cristo esposo com a alma, o chamado “hierósgamos” ou “hierógamos”, o casamento sagrado, se tornará, ao longo da tradição cristã, pedra angular das reflexões de muitos místicos pelos séculos afora.

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