O Apóstolo do Brasil
Memória do Beato José de Anchieta
ROMA, sexta-feira, 08 de junho de 2012(ZENIT.org) – Neste sábado, 09 de
junho, se celebra a memória do Beato José de Anchieta considerado o “Apóstolo
do Brasil”, a favor dos humilhados e ofendidos indígenas cuja história pode ser
contemplada no Santuário Nacional de Anchieta, no Espírito Santo.
Aos 18 anos, decidiu-se pela obra evangelizadora
do Novo Mundo e inscreveu-se para participar de uma missão, que saiu de
Portugal em 1553. Em Salvador, Anchieta tem sua primeira tarefa no Brasil:
ajudar na organização do Colégio de Jesus.
No núcleo histórico da atual cidade de Anchieta,
antiga aldeia de Reritiba localiza-se o Santuário Nacional de Anchieta, em uma
encosta do morro do Rio Benevente, litoral sul do Espírito Santo, a80 kmda
capital, Vitória.
Enquanto obra arquitetônica, o Santuário é uma
construção jesuítica do Brasil Colônia. Foi erguido entre meados do século 16 e
início do século 17.
O Conjunto Jesuítico de Anchieta destaca-se pela
importância que teve no processo de inculturação religiosa dos índios puris e
tupiniquins, conduzido pela Companhia de Jesus no tempo da Colônia, modelo
considerado pioneiro no Brasil; mas também por ter sido o lugar escolhido pelo
sacerdote José de Anchieta para viver os últimos anos de sua vida.
É possível ver a cela onde Pe. Anchieta
hospedou-se muitas vezes em suas passagens pela localidade. Nela, recuperava-se
dos desgastes físicos causados pelas longas viagens que fazia sempre a pé, a
fim de preparar e fortalecer as comunidades indígenas. Nela, ele faleceu no dia
9 de junho de 1597.
Hoje, a cela abriga um pedaço do osso da tíbia
do beato José de Anchieta, que pertencia, desde o ano de 1759, ao governo do
Espírito Santo. A relíquia foi devolvida em 1888 aos jesuítas, que a levaram
para Nova Friburgo, RJ. Voltando a residir em Anchieta, os jesuítas trouxeram
de volta, em1944, arelíquia do Beato, cuja proteção ainda hoje invocam, para
dar continuidade à obra missionária daquele que foi considerado “O Apóstolo do
Brasil”.
José de Anchieta faleceu em 9 de junho de 1597.
Era chamado de 'paizinho' pelos indígenas; agora é chamado de "Pai da
pátria" pela CNBB. Reconhecidamente, Anchieta é um dos pilares da
civilização brasileira.
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