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terça-feira, 18 de junho de 2013


Oração
Bendito sejais, Senhor, Deus nosso Pai, por Jesus, dom da tua compaixão. Renova em nós, que experimentámos a tua misericórdia, a bem-aventurança dos misericordiosos semelhante à tua, que és o Misericordioso. Bendito sejais, Senhor, Deus nosso Pai, por Jesus, irmão que em nosso nome Te deu glória, e agora intercede por nós junto de Ti. Renova em nós a bem-aventurança do coração puro para que possamos, Deus nosso Pai, ver-Te no segredo de nós mesmos e nos sinais das tuas criaturas. Bendito sejais, Senhor, Deus nosso Pai, por Jesus, homem forte que no jejum superou em nosso nome as provocações do maligno. Renova em nós a bem-aventurança da fome e da sede de justiça, para que possamos saciar-nos de toda a palavra que sai da tua boca. Amém.

Liturgia, 19 de junho.

Portal dos Dehonianos

terça-feira, 4 de junho de 2013

Visão cristã da História - II


VISÃO CRISTÃ DA HISTÓRIA – II. ( Antenor de Andrade)

O cristão vê a manifestação de Deus na história, em vários momentos.

I.            Deus se manifesta na Criação.
          
a)  Tudo o que Deus criou é bom (Gen 1,25)
b)  Todo o Universo é regido por um dinamismo de interdependência e inter-relação, do microcosmos ao macrocosmos. Através dos milhares de anos, nota-se uma progressão e integração da matéria da vida inorgânica para a orgânica, até culminar com a pessoa humana, síntese de todo o criado. Há uma harmonia no crescimento dinâmico de tal modo que os bens de consumo estão subordinados aos bens de relação ou de comunhão. Deus colocou ainda no interior dos bens criados uma força interna que se opõe ao caos e à destruição.O maravilhoso corpo humano com seus órgãos e sistemas.

III.     Deus criou o homem e a mulher à sua imagem e semelhança ( GS 12).
Como pessoa, feita à sua imagem e semelhança,  Deus participou ao ser humano seu poder e sua liberdade, sua sabedoria e seu amor. O homem é capaz de conhecer e dar glória ao Criador, de criar com Ele e de realizarem juntos o mesmo plano de Deus (Gen 1, 27-28; Sir 17; Sal 18).

     III.        Deus colocou o homem no “Jardim do Éden” (Gen 1, 26-28).
Encarregou-o de cultivá-lo e guardá-lo. O criador continuou como único dono e senhor do  mundo, mas colocou o homem como seu administrador. Gen 1, 28-30; 9,7; GS, 67. O homem descobre na Criação a presença de Deus e sua relação com todo  o Cosmos.

IV.      O pecado

Da soberba original
A pessoa e a comunidade humanas, ao deformarem o plano original do Criador,  colocam-se como fins a si mesmo. Começa então o culto idolátrico ( Rom 1,24;Ef 4,10; LG 2). Tem início o rompimento da comunhão com Deus, com o próprio homem e com o cosmos. O homem passas a querer ser adorado, colocando todos ao seu serviço. Desvia-se o sentido do Criado (Is 24, 4-5; 59, 1-3; Ger 12,4; Jô 4, 20,21). Deste modo a criatura humana rompe a unidade interior da pessoa, cria a divisão entre os demais com a dominação, a instrumentalização. A Natureza passa a ser explorada em função de si, deformada e maltratada. Não será o Éden que seu Criador quer que ela seja para a criatura inteligente mas, paulatinamente poderá retornar ao Caos primitivo. O homem toma o que é de Deus e o manipula a seu bel prazer. É a cobiça da qual nos fala a parábola de Marcos, aquela em que o dono da vinha manda seus servos recolherem os frutos do seu sitio. Os empregados são castigados, mortos e por fim também o mesmo filho do dono da terra ( Cf.  Mc 12, 1-12).

b. De uma parada
« * A pessoa e a comunidade não querem crescer, tornar-se “mais”, abrir-se a estágios de comunhão sempre mais amplos e perfeitos;   
*preferem não arriscar e ouriçar-se nas próprias seguranças, agindo em função destas;  
* e assim, fecham-se às necessidades dos outros, à solidariedade,  ao amor».

          c. Fechamento e “fixidez” da vida
          « * Na solidão radical do “eu”, da não comunhão;
·     na frustração do insucesso;
·     no vazio e angústia existencial do sem-sentido. É o inferno, a perdição, o permanecer eternamente na condição de condenado». ( Cappellaro F. e G. Moro. La Storia Sfida Le Chiese , p 96. EDC, Torino).         


Oração


Oração
Obrigado, Senhor, pelas provações da nossa vida. Ilumina-nos e fortalece-nos com o teu Espírito, para que permaneçamos firmes na fé e na esperança. Quando o sofrimento, a solidão, o peso da vida e o cansaço nos oprimirem, ensina-nos a deixar-nos conduzir e apoiar por Ti, a unir-nos mais fortemente a Ti, sem fazermos perguntas, sem exigirmos explicações. Então, brilhará a tua luz no nosso céu escurecido e ameaçador, então florirá a esperança que não engana, então entoaremos o cântico silencioso de acção de graças a Ti, Deus bom, providente e fiel. Amém.

Liturgia do 04/06/03

Portal dos Dehonianos

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Visão cristã da História


VISÃO CRISTÃ DA HISTÓRIA – II. ( Antenor de Andrade)

O cristão vê a manifestação de Deus na história, em vários momentos.

I.            Deus se manifesta na Criação.         
a)  Tudo o que Deus criou é bom (Gen 1,25)
b)  Todo o Universo é regido por um dinamismo de interdependência e inter-relação, do microcosmos ao macrocosmos. Através dos milhares de anos, nota-se uma progressão e integração da matéria da vida inorgânica para a orgânica, até culminar com a pessoa humana, síntese de todo o criado. Há uma harmonia no crescimento dinâmico de tal modo que os bens de consumo estão subordinados aos bens de relação ou de comunhão. Deus colocou ainda no interior dos bens criados uma força interna que se opõe ao caos e à destruição.O maravilhoso corpo humano com seus órgãos e sistemas.

II.     Deus criou o homem e a mulher à sua imagem e semelhança ( GS 12).
Como pessoa, feita à sua imagem e semelhança,  Deus participou ao ser humano seu poder e sua liberdade, sua sabedoria e seu amor. O homem é capaz de conhecer e dar glória ao Criador, de criar com Ele e de realizarem juntos o mesmo plano de Deus (Gen 1, 27-28; Sir 17; Sal 18).

  III.        Deus colocou o homem no “Jardim do Éden” (Gen 1, 26-28).
Encarregou-o de cultivá-lo e guardá-lo. O criador continuou como único dono e senhor do  mundo, mas colocou o homem como seu administrador. Gen 1, 28-30; 9,7; GS, 67. O homem descobre na Criação a presença de Deus e sua relação com todo  o Cosmos.

IV.      O pecado

Da soberba original
A pessoa e a comunidade humanas, ao deformarem o plano original do Criador,  colocam-se como fins a si mesmo. Começa então o culto idolátrico ( Rom 1,24;Ef 4,10; LG 2). Tem início o rompimento da comunhão com Deus, com o próprio homem e com o cosmos. O homem passas a querer ser adorado, colocando todos ao seu serviço. Desvia-se o sentido do Criado (Is 24, 4-5; 59, 1-3; Ger 12,4; Jô 4, 20,21). Deste modo a criatura humana rompe a unidade interior da pessoa, cria a divisão entre os demais com a dominação, a instrumentalização. A Natureza passa a ser explorada em função de si, deformada e maltratada. Não será o Éden que seu Criador quer que ela seja para a criatura inteligente mas, paulatinamente poderá retornar ao Caos primitivo. O homem toma o que é de Deus e o manipula a seu bel prazer. É a cobiça da qual nos fala a parábola de Marcos, aquela em que o dono da vinha manda seus servos recolherem os frutos do seu sitio. Os empregados são castigados, mortos e por fim também o mesmo filho do dono da terra ( Cf.  Mc 12, 1-12).

b. De uma parada
« * A pessoa e a comunidade não querem crescer, tornar-se “mais”, abrir-se a estágios de comunhão sempre mais amplos e perfeitos;   
*preferem não arriscar e ouriçar-se nas próprias seguranças, agindo em função destas;  
* e assim, fecham-se às necessidades dos outros, à solidariedade,  ao amor».

          c. Fechamento e “fixidez” da vida
          « * Na solidão radical do “eu”, da não comunhão;
·     na frustração do insucesso;
·     no vazio e angústia existencial do sem-sentido. É o inferno, a perdição, o permanecer eternamente na condição de condenado». ( Cappellaro F. e G. Moro. La Storia Sfida Le Chiese , p 96. EDC, Torino).         



Oração
Senhor Jesus Cristo, ao morreres na Cruz por nosso amor, e ao seres ressuscitado pelo Pai, derramaste sobre a Humanidade o Espírito Santo que renova todas as coisas e regenera o coração dos homens, reparando neles os efeitos do pecado, e reunindo-os na comunidade de amor que é a Igreja. 
Dispõe-nos a acolher o mesmo Espírito, e a deixar-nos conduzir por Ele, para correspondermos ao teu amor, e darmos Glória e Alegria ao Pai que Te enviou ao mundo para nos salvar. Amém.


Lit. Terça-feira

Portal dos Dehonianos

domingo, 2 de junho de 2013

Oração



Oração
Senhor Jesus Cristo, ao morreres na Cruz por nosso amor, e ao seres ressuscitado pelo Pai, derramaste sobre a Humanidade o Espírito Santo que renova todas as coisas e regenera o coração dos homens, reparando neles os efeitos do pecado, e reunindo-os na comunidade de amor que é a Igreja.
Dispõe-nos a acolher o mesmo Espírito, e a deixar-nos conduzir por Ele, para correspondermos ao teu amor, e darmos Glória e Alegria ao Pai que Te enviou ao mundo para nos salvar. Amém.

sábado, 1 de junho de 2013

2 de Junho - 9o Domingo do Tempo Comum


2 de junho – 9º DOMINGO DO TEMPO COMUM

DEUS SE REVELA A TODOS OS POVOS

I. INTRODUÇÃO GERAL
As leituras deste domingo nos proporcionam a oportunidade de refletir quem é Deus, onde ele mora e qual o seu plano para a humanidade. O rei Salomão constrói um grandioso templo em Jerusalém como habitação para Deus. Neste lugar, pelo que se percebe na oração de Salomão, todos os povos teriam oportunidade de conhecer o nome de Deus conforme revelado ao povo de Israel. (I leitura). A abertura a todos os povos completa-se com a vinda de Jesus. Ele (e não mais o templo) é a fonte e o caminho de salvação universal. Jesus é “Deus conosco”, independente do templo. Ele revela o verdadeiro nome de Deus que não se circunscreve num recinto sagrado, mas comunica-se no lugar social das pessoas necessitadas, libertando-as (evangelho). Deus não faz acepção de pessoas, ultrapassa barreiras culturais e manifesta-se a todos os povos oferecendo-lhes gratuitamente a salvação em Jesus Cristo. Este é o evangelho assumido e pregado pelo apóstolo Paulo. Na defesa desta boa notícia da salvação gratuita, Paulo enfrenta toda espécie de conflitos (II leitura). Para nós hoje, como discípulos missionários de Jesus, é importante compreender, acolher e anunciar com ousadia o Evangelho da vida plena para todos, sem exclusão.
II. COMENTÁRIO DOS TEXTOS BÍBLICOS
1. I leitura (1Rs 8,41-43): A grandeza do nome de Deus
Esta pequena oração de Salomão situa-se no contexto da festa da Dedicação do Templo de Jerusalém. Lendo todo o capítulo 8 de 1Reis, percebe-se que a Arca da Aliança que acompanhou o povo de Israel desde a sua saída da escravidão no Egito, é agora transportada para dentro do templo num cerimonial de grande pompa. Salomão, além de rei, exerce a função de sacerdote. Declara que edificou uma casa para residência eterna de Deus (8,13), cumprindo-se assim a promessa feita ao seu pai Davi. Em sua oração, o rei Salomão exalta o templo como o centro gravitacional de todos os povos. Apesar de confessar que nem “os céus dos céus podem conter Deus” (8,27), é para o templo de Jerusalém que os estrangeiros poderão acorrer para reconhecer “a grandeza do vosso nome, a força de vossa mão e o poder do vosso braço”, conforme expressa o texto deste domingo. Ainda mais, é a partir deste lugar que “todos os povos da terra conhecerão o vosso nome, vos temerão como o vosso povo de Israel e saberão que o vosso nome é invocado sobre esta casa que edifiquei”.
Sabe-se que a construção do templo e a centralização do culto em Jerusalém tiveram por objetivo legitimar o poder monárquico e, mais tarde, o sistema sacerdotal de pureza que excluiu a maioria das pessoas da pertença ao povo eleito. No entanto, a teologia do texto indica uma abertura universal. A experiência religiosa de Israel não pode ser exclusivista. Deve irradiá-la a todos os povos. O Deus da vida pode ser conhecido e invocado por judeus e estrangeiros. Afinal, todos são seus filhos e filhas.
2. Evangelho (Lc 7,1-10): Jesus e a fé de um estrangeiro
Deus encarnou-se em Jesus de Nazaré. Fez sua morada no meio da humanidade. Solidarizou-se com as vítimas do sistema religioso de pureza organizado pela casta sacerdotal do templo de Jerusalém. Ao invés de promover a abertura universalista segundo a vocação que Deus dera a Israel, a elite religiosa fechou-se em suas concepções de pureza e impureza, mantendo o povo sob o jugo de um emaranhado de leis.
A prática de Jesus, porém, não corresponde à doutrina disseminada pelos doutores da lei. Enquanto estes consideram os pobres e estrangeiros como impuros e excluídos do povo santo de Deus, Jesus promove a vida sem exclusão, como se constata no relato evangélico deste domingo. Um centurião romano dirige-se a Jesus, cheio de confiança, para fazer-lhe um pedido a favor de um servo. Os centuriões normalmente não eram bem vistos pelos judeus. Representavam a opressão que o império romano exercia sobre o povo. Aquele centurião, porém, sabia manter boas relações com a população de Cafarnaum e manifestava simpatia pela própria religião judaica. Não só construiu uma sinagoga, mas interessou-se pelo que diziam de Jesus.
Este centurião, segundo o evangelho de Lucas, não vai pessoalmente ao encontro de Jesus. Envia anciãos judeus para fazer-lhe um pedido. Na versão de Marcos (8,5-13) é o próprio centurião que se dirige a Jesus. Temos a impressão de que Lucas enfatiza a consciência de “indignidade” manifestada pelo centurião diante da grandeza do nome de Jesus que ele ouvira falar.
O centurião representa aqui o povo gentio. A mediação dos anciãos judeus resgata a vocação de Israel de promover a inclusão também dos estrangeiros na graça libertadora de Deus. A missão de Jesus não se restringe ao povo de Israel. Ele veio para todos. Tem o coração aberto para acolher e valorizar o testemunho de amor, de humildade, de respeito e de fé dado por um estrangeiro. Testemunho de amor porque o centurião manifesta cuidado pela vida de um servo; de humildade porque se sente indigno de achegar-se a Jesus; de respeito porque sabe que um judeu ficaria impuro se entrasse na casa de um pagão; e finalmente o testemunho de fé porque, a partir de sua própria experiência de obedecer e de dar ordens, reconhece o poder das palavras. Pelo que ele ouviu falar de Jesus, tem certeza da eficácia de suas palavras. Jesus impressiona-se com a atitude daquele centurião. Volta-se para o povo e declara: “Em verdade vos digo: nem mesmo em Israel encontrei tamanha fé”.
O texto enfatiza a importância da Palavra de Jesus. As comunidades cristãs, organizadas após a morte e a ressurreição de Jesus, alimentam-se essencialmente da Palavra. “Dize somente uma palavra e meu servo será curado”. As comunidades de fé e de amor são o novo templo, o lugar da presença libertadora de Jesus. Nelas não pode haver discriminação de pessoas. Judeus e estrangeiros são igualmente portadores da Boa Notícia da vida em plenitude. É missão dos cristãos difundir o evangelho pelo mundo afora. Lucas vai dedicar o livro de Atos dos Apóstolos para mostrar a trajetória da Palavra, “de Jerusalém aos confins do mundo” (At 1,8). A Palavra que liberta não tem fronteiras. Não é um sistema religioso, nem os laços de sangue que determinam a pertença ao Reino de Deus e sim a prática da justiça, como vai expressar o apóstolo Pedro na casa de outro centurião, chamado Cornélio: “De fato, estou compreendendo que Deus não faz discriminação entre as pessoas. Pelo contrário, ele aceita quem o teme e pratica a justiça, qualquer que seja a nação a que pertença” (At 10,34-35).
3. II leitura (Gl 1,1-2.6-10): Não há dois evangelhos
Paulo, após seu encontro com Jesus ressuscitado, entregou-se por inteiro na missão de evangelizar os povos. Entre os diversos problemas pelos quais ele passou está o conflito com os chamados “judaizantes” que pregavam a necessidade da circuncisão e do cumprimento de outras leis judaicas para os cristãos provindos do paganismo. Muitos se deixavam influenciar por estes judaizantes. A autoridade de Paulo, como apóstolo e fundador daquelas comunidades cristãs, estava sendo desprestigiada. Ao ser informado destas coisas, Paulo fica muito indignado. A indignação é manifestada até mesmo no modo como escreve a carta: não começa com a costumeira ação de graças e nem termina com a bênção. Ele escreve num tom de muita firmeza, gravidade e convicção. Já de início esclarece que seu apostolado não é por uma decisão humana, mas “por Jesus Cristo e por Deus Pai que o ressuscitou dos mortos”. Portanto, a carta aos Gálatas se reveste de uma profunda seriedade. Caracteriza-se como uma forte advertência com a intenção de fazer que aquelas comunidades cristãs retomem o caminho do único evangelho.
A que evangelho Paulo se refere? No conjunto da carta constata-se que se refere ao “evangelho da liberdade” que se baseia na certeza de que a salvação é obra gratuita de Deus por Jesus Cristo. Não tem mais sentido a obrigatoriedade da circuncisão nem do legalismo. Não tem mais sentido as barreiras entre povos. Agora todos fazem parte do corpo de Cristo: “Não há mais diferença entre judeu e grego, entre pessoa escrava e livre, entre homem e mulher, pois todos vocês são um só em Jesus Cristo” (3,28). Cristo uniu a todos numa única família e concedeu a todos a verdadeira liberdade: “É para sermos livres que Cristo nos libertou. Portanto, fiquem firmes e não se submetam de novo ao jugo da escravidão” (5,1).
Para Paulo é fundamental compreender e assumir este evangelho que torna as pessoas maduras, convictas, responsáveis e não mais dependentes de normas externas. É uma vida pautada segundo o Espírito de Deus. Não há outro evangelho. Caso contrário coloca-se a perder o significado da vida, da morte e da ressurreição de Jesus Cristo.
II. PISTAS PARA REFLEXÃO
Deus revelou-se na história do povo de Israel como aquele que liberta os oprimidos de todo tipo de escravidão. A aliança que fez com o seu povo visou abranger toda a humanidade. A vocação de Israel é irradiar o nome do Deus da vida e da libertação para todos os povos. Apesar das tentativas de centralização e de exclusividade da eleição do povo de Israel, Deus sempre manifestou através dos movimentos proféticos e sapienciais o seu plano de salvação universal. Enviou o seu filho, Jesus Cristo, cuja proposta de Reino de Deus visa a inclusão de todos na vida em plenitude. O episódio do evangelho deste domingo – Jesus e o centurião romano – caracteriza-se como um apelo a todos os discípulos de Jesus, no sentido de abrir-se ao “outro”, acolhendo e valorizando sua fé. Outro dado importante é a autoridade da Palavra de Jesus: o que ele diz acontece. A Palavra de Deus é viva e eficaz! Jesus rompe com as barreiras impostas pelo sistema do templo, supera o legalismo, ensina com autoridade e oferece seu amor e salvação a todos.
A salvação gratuita de Deus a todos os povos – ofertada através da vida, morte e ressurreição de Jesus -, foi assumida pelo apóstolo Paulo como “único evangelho”. O seu testemunho de total entrega por esta causa de inclusão de todos os povos no plano de salvação de Deus, ilumina e fortalece a nossa missão hoje como discípulos missionários de Jesus.
► Pode-se ligar a Palavra de Deus da liturgia deste domingo com a primeira urgência da ação evangelizadora da Igreja no Brasil: Igreja em estado permanente de missão (cf. Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil, 2011-2015)

Resumingo a Liturgia do Sábado, dia 01/06/03


Resumindo a Liturgia do Sábado, dia 01./06/03
Ben Sirá conclui o seu livro com uma oração , que ocupa o capítulo 50, a partir do versículo 29, e se prolonga pelo capítulo 51, até ao versículo 12. É uma digna conclusão para a sua obra sobre a Sabedoria. As últimas palavras da oração são um propósito em ordem ao futuro: «Eu te glorificarei, cantarei os teus louvores, e bendirei o nome do Senho» (v. 12).