Dia Litúrgico: Quarta-feira da 2ª semana do Tempo Comum
Evangelho (Mc 3,1-6): Outra vez, Jesus entrou na sinagoga, e lá estava um
homem com a mão seca. Eles observavam se o curaria num dia de sábado, a fim de
acusá-lo. Jesus disse ao homem da mão seca: «Levanta-te! Vem para o meio!» E perguntou-lhes:
«Em dia de sábado, o que é permitido: fazer o bem ou fazer o mal, salvar uma
vida ou matar?» Eles ficaram calados. Passando sobre eles um olhar irado, e
entristecido pela dureza de seus corações, disse ao homem: «Estende a mão!» Ele
estendeu a mão, que ficou curada. Saindo daí, imediatamente os fariseus, com os
herodianos, tomaram a decisão de eliminar Jesus.
Comentário: Rev. D. Joaquim MESEGUER García (Sant Quirze del
Vallès, Barcelona, Espanha)
Em dia de sábado, o que é permitido: fazer o bem ou fazer o mal, salvar
uma vida ou matar?
Hoje, Jesus ensina-nos que há de obrar o bem o tempo
todo: não há um tempo para fazer o bem e outro para descuidar o amor aos
demais. O amor que vem de Deus conduz-nos à Lei suprema que deixou-nos Jesus no
novo mandamento: Amai-vos uns aos outros. Como eu vos amei» Jesus não derroga
nem critica a Lei de Moisés, já que Ele mesmo cumpre seus preceitos e acode à
sinagoga o sábado; o que Jesus critica é a interpretação estreita da Lei que
fizeram os mestres e os fariseus, uma interpretação que deixa pouco lugar à
misericórdia.
Jesus Cristo veio proclamar o Evangelho da salvação, mas seus
adversários, longe de deixar-se persuadir, procuram pretextos contra Ele;
«Outra vez, Jesus entrou na sinagoga, e lá estava um homem com a mão seca. Eles
observavam se o curaria num dia de sábado, a fim de acusá-lo» (Mc 3,1). Ao
mesmo tempo que vemos a ação da graça, constatamos a dureza do coração de uns
homens orgulhosos que acreditam ter a verdade do seu lado. Experimentaram
alegria os fariseus ao ver aquele pobre homem com a saúde restabelecida? Não,
pelo contrário, obcecaram-se ainda mais, até o ponto de fazer acordos com o
herodianos —seus inimigos naturais— para ver perder a Jesus, curiosa aliança!
Com
sua ação, Jesus libera também o sábado das cadeias com as que o tinham amarrado
os mestres da Lei e os fariseus e, lhe restituem seu verdadeiro sentido: dia de
comunhão entre Deus e o homem, dia de liberação da escravidão, dia da salvação
das forças do mal. Santo Agostinho disse: «Quem tem a consciência em paz, está
tranquilo e, essa mesma tranquilidade é o sábado do coração». Em Jesus Cristo,
o sábado abre-se já o dom do domingo.
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