VAI
Vai!
Como a noite que se arrisca
na escuridão
e que anda sem medo
prá inventar a madrugada.
Vai!
Sorrindo dos abismos
e te perdendo
na imprudência 
dos caminhos
que já existem
na tua ânsia de andar.
Vai!
Na certeza da incerteza
de chegar
aos horizontes que riscam
a retina de teus olhos
que anunciam,
auroras que ainda não nasceram.
Vai!
Na angústia 
de aceitar o limite.
E saber
que já  está  além do tempo
e do espaço
onde a vida 
se plenifica e  eterniza.
Vai!
Perdendo teus pedaços.
E criando
a imagem do ser que és.
Na incessante renovação 
nos teus desejos de morrer.
Prá nascer.
Vai!
(feita no Rio de Janeiro).
 
 
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