3º Domingo da Quaresma Tema: conversão e
libertação
1a
LEITURA : a sarça ardente e a
revelação do nome de Deus a Moisés.
* Chamado de Moisés para libertar seu
povo.
Naqueles dias,
Moisés apascentava o
rebanho de Jetro,
seu sogro, sacerdote de Madiã.
Ao levar o rebanho para além
do deserto,
chegou ao monte de Deus, o Horeb.
Apareceu-lhe então o Anjo do
Senhor
numa chama ardente, do meio de uma sarça.
Então Deus chamou-o do meio
da sacra e disse-lhe:
«Eu vi a situação miserável do meu povo no Egito;
escutei
o seu clamor provocado pelos opressores.
«Eu sou ‘Aquele que sou’».
«Assim
falarás aos filhos de Israel:
‘O Senhor, Deus de vossos pais,
Deus de Abraão,
Deus de Isaac e Deus de Jacob,
enviou-me a vós.
Fica claro que o chamamento de Moisés é
uma iniciativa do Deus libertador, que quer salvar o seu Povo. Deus age na
história humana através de homens de coração generoso e disponível, que aceitam
os seus desafios.
Na segunda parte (vers. 13-15), apresenta-se a revelação do
nome de Deus “Eu sou ‘aquele que sou’. Na libertação do Egito, os israelitas –
e, através deles a humanidade – descobriram a realidade do Deus salvador e
libertador, uma presença ativa em favor do seu povo.
2a Leit. – 1 Cor 10,1-6.10-12
No mundo grego, os templos eram os
principais matadouros de gado. Os animais eram oferecidos aos deuses e imolados
nos templos. Uma parte do animal era queimada e outra parte pertencia aos
sacerdotes. No entanto, havia sempre sobras, que o pessoal do templo comercializava.
Essas sobras encontravam-se à venda nas bancas dos mercados, eram compradas
pela população e entravam na cadeia alimentar. No entanto, tal situação não
deixava de suscitar algumas questões aos cristãos: comprar essas carnes e
comê-las – como toda a gente fazia – era, de alguma forma, comprometer-se com
os cultos idolátricos. Isso era lícito? É essa questão que inquieta os cristãos
de Corinto.
Paulo responde em 1 Cor 8-10. Concretamente, a resposta aparece em
vinte versículos (cf. 1 Cor 8,1-13 e 10,22-29): dado que os ídolos não são
nada, comer dessa carne é indiferente. Contudo, deve-se evitar escandalizar os
mais débeis: se houver esse perigo, evite-se comer dessa carne.
Paulo lembra
que comer ou não comer carne imolada aos ídolos não é importante; o importante
é não voltar a cair na idolatria e nos vícios anteriores; é esforçar-se
seriamente por viver em comunhão com Deus.
EVANGELHO – Lc 13,1-9
O Evangelho de hoje situa-nos, já, no
contexto da “viagem” de Jesus para Jerusalém (cf. Lc 9,51-19,28). Mais do que
um caminho geográfico, é um caminho espiritual, que Jesus percorre rodeado
pelos discípulos. Durante esse percurso, Jesus prepara-os para que entendam e estejam
preparados para continuar a obra de Jesus e para levar a sua proposta libertadora
a toda a terra.
A parábola da figueira serve para mostrar as oportunidades
que Deus nos concede para a conversão. Deus espera, que Israel (a figueira) dê
frutos, isto é, aceite converter-se à proposta de salvação que lhe é feita em
Jesus; dá-lhe, até, algum tempo revela, portanto, a sua bondade e a sua
paciência. No entanto, não está disposto a esperar indefinidamente. Apesar do tom
ameaçador, há no cenário de fundo desta parábola uma nota de esperança: Jesus
confia em que a resposta final de Israel à sua missão seja positiva. Espera
nossa mudança de vida, nossa conversão. No entanto, essa transformação da nossa
existência não pode ser adiada indefinidamente. Devemos estar preparados, pois
não sabemos qd seremos chamados.
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