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quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Ama teu próximo como a ti mesmo ( J. Cristo).


A velhinha do Atacadão. 

 Hoje a tarde fui acompanhar minha tia Judite nas compras no atacadão. Primeira vez de minha tia no Atacadão, ela gostou, disse que se sentiu em São Paulo, nos supermercados enormes, kakaka! Minha tia casou muito nova aqui no Ceará e em seguida foi morar em São Paulo. Quando o meu tio, esposo da Judite se aposentou, resolveram voltar para o Ceará, disseram que queriam qualidade de vida que em São Paulo é tudo muito atribulado. Os filhos ficaram em SP, são três filhos todos adultos e com família. 


Finalizada as compras e já caminhando no estacionamento, minha tia decidiu pegar um táxi. Foi nesse momento que uma senhora pegou no meu braço e perguntou: moça, você pode atravessar a rua comigo, eu vou para o Crato, mas tenho medo de atravessar a rua sozinha. A senhora de repente começou a chorar. Então, respondi: calma senhora, eu atravesso a rua com a senhora. Mas, porque a senhora está assim, o que houve. A senhora me respondeu que nada, ela que era nervosa. Então, falei, e porque a senhora anda sozinha. A senhora tem família, filhos, sobrinhos, alguém... Ela disse que tinha família, mas ninguém tinha tempo para ela. Todos eram muitos ocupados. Fiz mais uma pergunta: e estando a senhora num supermercado, cadê as compras? Ela me respondeu que tinha vindo só passear, que ela gostava de fazer compras, olhar prateleiras, mas que atualmente os filhos é que fazem as compras e que não tem paciência de trazê-la para participar do momento. Nessa hora, meus olhos se encheram de lágrimas. Pensei meus Deus como são ingratos, como podem desprezar uma preciosidade dessas, capaz de perdê-la deixando-a circular por aí sozinha e ter uma crise de pânico, ou alguém, fazer uma maldade. Quando atravessamos a rua, deixei-a no ponto de ônibus, então perguntei o nome dela, disse-me que se chamava Vicência. E falei para a senhora, a mãe de um amigo meu também se chama Vicência. Em agradecimento ela me deu um abraço tão gostoso e cheio de carinho que me fez um bem danado. 

 Eu fico revoltada como as pessoas que não valorizam as preciosidades que possuem em volta, tão pertinho. Simplesmente é não enxergar um palmo diante do nariz. Como as pessoas são imbecis em valorizar os bens materiais e desprezar o que realmente é importante. A senhora que conheci hoje, tão meiga, carinhosa, com família e no entanto, tão carente de amor.

Hoje, também, me ligaram do SESI de Juazeiro a respeito de uma seleção para Técnico de Segurança do Trabalho, queriam que eu participasse da seleção, salário R$ 1950,00 + Plano de Saúde Unimed + Ticket alimentação.  Confesso que fiquei lisonjeada pelo convite, visto que o SESI é uma das empresas aqui no Cariri que paga melhor o Técnico de Segurança do Trabalho. Gostei deles terem a atenção de se lembrarem de mim para fazer o convite. Porém, fui muito sincera, agradeci e relatei que no momento minha prioridade era concluir o curso de engenharia no final deste ano. Entretanto, que eles não se esquecessem de mim, que eu teria prazer em fazer parte da equipe, se mais tarde eles me ligassem para participar de uma seleção para área de engenharia, ou seja, coordenar o setor de segurança do trabalho. Elogiei a instituição e coloquei o meu trabalho de engenheira à disposição.

Muitas vezes eu fico refletindo se essas oportunidades que aparecem para trabalhar como  Técnica e eu recusando, se não vou me arrepender mais tarde. Sinto medo, pois não sei o que vai ser de mim no futuro, no entanto, me vem a mente a questão da fé em Deus, a confiança, esperança e perseverança em buscar dias melhores.

Iolanda.

( Minha impressão é que aquela senhora tinha fugido de casa para dar uma voltinha pelo Shop. Estava muito bem arrumada…). Hoje, quantos filhos ou parentes próximos deixam os pais à própria sorte. Certamente essas ingratidões não são abençoadas por Deus.

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