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domingo, 17 de fevereiro de 2013

I Domingo da Quaresma.


I Domingo da Quaresma. Lc. 4, 1-13. (Antenor).

1. No centro da liturgia hodierna está o episódio das tentações no deserto. Lc. coloca o fato como um exemplo para a Igreja.
> O v. 13 nos diz que “ terminadas as tentações o diabo se retirou para retornar no tempo oportuno”.  Que se entende por tempo oportuno? Antes de tudo trata-se do tempo da Paixão de Jesus em que Ele tb foi tentado (se és Filho de Deus, desce da Cruz). Mas tb significa o Tempo da Igreja.
 A história de Jesus continua na vida de seu Corpo Místico que é a Igreja. O demônio, após tentar o Chefe e ser rechaçado volta-se tb para a organização fundada por Jesus, a Igreja, que somos nós.
2. A Igreja, cada um de seus membros, vivem então no deserto, em situação de tentação e luta constante. No Pai Nosso pedimos: Não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal. Neste sentido a Quaresma é um tempo especial do Calendário litúrgico: é um símbolo, uma figura da condição em que vivemos, enquanto aguardamos a Páscoa definitiva.
3. O Ev de hoje não nos lembra apenas que estamos constantemente em tentação, mas sugere o que devemos fazer para não cairmos. Jesus venceu suas tentações sobretudo com duas armas: o jejum e a Palavra de Deus. Jesus, durante as tentações cita várias vezes a Escritura.
Dois tipos de jejum: o corporal, físico e aquele que os primeiros cristãos chamavam de o jejum do mundo. Este é mais profundo, espiritual e exige mais de nós. Consiste em não nos conformarmos com a mentalidade do mundo. Exige que nós não só nos abstenhamos do que é pecaminoso, mas tb daquelas coisas inúteis, supérfluas, que enfraquecem nossa vontade e nosso espírito que ligam a alma ao corpo e o corpo ao terra a terra, ao que nos afasta de Deus. Há coisas materiais que devem ser usadas por nós, o problema é conformar-se, aceitar pacifica e cegamente o consumismo que se nos apresenta cada vez mais intenso e agressivo. A reflexão sobre as tentações de Jesus nos ajudarão a vencer tb as nossas.
4. Há ainda outro tipo de jejum:
O jejum de si mesmo: se alguém quiser seguir-me, renuncie a si mesmo (Lc. 9, 23). É o jejum mais difícil e doloroso, o que exige que cortemos o mal pela raiz, o que realmente nos faz levar a sério a Jesus e seu Evangelho.
Enquanto não dominarmos nosso velho e tenaz "ego", não poderemos caminhar mt em direção ao Evangelho. Nosso egoísmo é a raiz mestra que impede nossa verdadeira conversão, é ele alimenta todos os demais defeitos. Não é fácil o jejum de si mesmo, qd nosso "eu” domina nossa vida.
No entanto, esse verdadeiro jejum espiritual nos trará a paz, a alegria, a concórdia, a verdadeira vida no Senhor Jesus.

5. A Palavra de Deus
Dizíamos inicialmente que Jesus venceu as tentações do demônio tb através da Palavra de Deus. A Palavra que Ele nos anuncia nos limpa ( Jo.15, 3). O Profeta Amós (Am. 8,11) nos fala de uma fome e sede de escutarmos a Palavra de Deus. Esta fome e sede devem ser constantes sobretudo durante a Quaresma.
Todo lar cristão deve ter sua Bíblia e qd a lermos devemos nos concentrar sobretudo, naquela palavra ou pensamento que mais nos chamou a atenção. De repente ela está dirigida especialmente para nós. Paulo na 2a leitura afirma: a Palavra está perto de ti, em tua boca e em teu coração.
6. Por em prática a Palavra
A palavra não deve permanecer estéril em nossa vida, escutada ou lida deve ser posta em prática
O programa portanto da Quaresma deste ano é o jejum e  a escuta da Palavra de Deus. Uma  tarefa que será um presente que  Deus nos oferece e que o colocaremos em prática alegre e prontamente. Estaremos no deserto com Cristo, jejuando e meditando, preparando-nos com Ele para nossa Páscoa, onde juntos viveremos eternamente.


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