quinta-feira, 26 de abril de 2012
terça-feira, 24 de abril de 2012
Uma boa tarde friorenta, aqui de nossa obra de Jardim Nordeste, SP.
A meninada se prepara para visitar o Play Center, no Centro. Os ônibus estão aguardando. Toda semana vai um grupo. D. Bosco fazia isso com os alunos de seu tempo.
Almoço surtido, saboroso e abundante. Espero que alguém não queira, vai faltar para os meninos e jovens. Cerca de 500 pratos- dia e quase outro tanto nas Creches.
segunda-feira, 23 de abril de 2012
PERDIDO NA NOITE (IVAN)
PE(R)DIDO NA
NOITE
Não traga
a estrela do silêncio
que a noite beijou no céu.
Não traga a
pétala
que o vento sonhou
e levou para o luar.
Não traga o
luar
(.. luar
que escreve poema de paz
na face da vaca ninfeta.
Não traga o
sonho
da criança dormindo
em face de Deus.
Traga a noite
toda
com sua dureza dormindo
e tu continuas acordada.
A noite paz e guerra
A noite de
grito de silêncio
que traz um dia claro
em teu beijo escuro
e que se recolhe
que sonha com o sol.
...................................
Eu sei que a
esperança
existiu e existirá...
Eu sei que ela
existe
Mas aonde
está?...
Por que
depois de
fazer,
com jeito e
graça,
o verso,
você
despedaça?...
O ANJO DO NATAL
O ANJO DO
NATAL
O Anjo do prazer
anuncia
a Maria
que
ela será feliz
e
cheia de graça se aceitar ser mercadoria.
O
Anjo da Riqueza e do Poder
anuncia
a José
que
ele será feliz
e
cheio de força,
se
explorar os pobres,
se
vender a consciência
e
se alienar a fé.
O Anjo do Senhor
Anuncia a Maria e a José
que
o Espírito de Deus
vai
fazê-los livres
através
de um filho
que
se chamará Jesus
e
que vai ser sinal de contradição
muitos
caídos vão se levantar
e
muitos poderosos cairão.
Poesias do Ivan
A LÁGRIMA
A lágrima que
lava
a face
alimenta também
a semente da alegria
que renasce...
A solidão
que doeu fundo
é também, lá dentro,
apelo de comunhão
do mundo...
A noite quase
sem fim da opressão
se quebra nas manhãs das
lutas
que libertarão...
Ainda
caminharemos juntos
nas calçadas,
sem medo de cantar,
e de mãos dadas...
Então v ai ser
muito bom
você lembrar
que valeu a pena
arriscar...
POEMA ILÓGICO
Piso firme o chão esburacado
e
tropeço e caio nas ruas asfaltadas
Me
alimenta a poeira do sertão
e
me faz mal a viração do mar.
Bebo
nas retinas o sol das catingas
e
cego o olhar na luz das avenidas.
Parece
que está chegando a hora
de
refazer nossos caminhos
para
que nosso corpo dance
no
ritmo e na dimensão do povo.
Poesia do Ivan (algumas podem estar repetidas)
HOJE TEM
ESPETÁCULO
Pingou um sonho
no
raio que o sol envia
e
despertou
a
alma de quem vivia
quieto,
aguardando estrada,
Oi ela que se apresenta
Oi
ela que chega um dia
pé
se armou
o
circo prá nova estréia
e a
estrada vai dar no circo.
E eu vou
que
eu quero mesmo saber
se
alguém aguenta comer
O
PÃO QUE O DIABO AMASSOU.
Festival de PIZZA (21/04/2012, Comunidade de São Nicolau)
sábado, 21 de abril de 2012
Manhã friorenta por aqui, 21/04/2012.S. Paulo
Serve como segundo estacionamento, durante as Missas. As residências em frente já se encontram nas fraldas da Colina.
Nossa Caixa d`agua, onde a OI aninhou uma de suas antenas. A Prefeitura de S. Paulo está querendo eliminar todas torres telefônicas instaladas em Colégios (é o nosso caso) e próximas a Hospitais. A irradiação causaria Câncer.
sexta-feira, 20 de abril de 2012
Bairro Nhocuné - S. Paulo
Hoje, 20/04, tive uma reunião no setor diocesano de Arthur Alvim, no bairro Nhocuné, zona Leste de S. Paulo. Achei engraçado este topônimo e fui procurar sua origem. O Pároco, Pe. Marco, da paróquia N. Sra. Aparecida naquele bairro disse-me que alí havia uma fazenda, onde os escravos trabalhavam para um Coronel. Nhô e Nhá eram formas que na linguagem coloquial significavam "senhor e senhora" . O fazendeiro era chamado: Nhô Coronel e a senhora: "Nhá" Fulana. Assim Nhô Coroné terminou em "NHÔCUNÉ".
A Vila Nhocuné por causa de uma enchente na década de cinquenta teve parte do bairro destruída e os moradores quando falavam de algum local, se expressavam "Nhocuné velha" e "Nhocuné nova".
DUAS POESIAS DO IVAN
1 - SAUDADE TODA
PELA PRIMEIRA
VEZ SENTI SAUDADE ME TORRANDO,
SE AFIRMANDO DE MIM
COMO O CÉU (?) QUE ME ENVOLVE
E RESPIRO.
SAUDADES DE MUITOS
DE COISAS E GENTE,
DE TEMPO VIVIDO
QUE FICOU FORTINHO LÁ DENTRO,
GUARDADO,
COMO A VIDA
QUE,
DESCOBERTA,
DE REPENTE,
SURPREENDE
E EXP0LODE NA SOLIDÃO E UM OLHAR...
2 - MEU NOME É ZUMBI
Nós somos um povo
que
veio de longe
roubado
dos braços
da
nossa mãe terra.
No fundo dos olhos
guardamos
uma lágrima.
Bem dentro de nós
um
grito de guerra.
Por cima da vida
de
um povo feliz rolaram a pedra
da
escravidão.
A
vida me cabe
na
casa da morte.
Agora anunciamos
a
ressurreição.
Quiseram negar
todo
nosso valor
dizendo
que negro
é
atraso, é desgraça.
Mostramos com força,
com
a vida, com o sonho
que
vamos prá frente
no
peito e na raça.
O canto da gente
carrega
a esperança
A reza da gente
refaz
nosso ser.
A dança que ginga
convoca
prá luta.
A luta da raça
se
torna poder.
As mãos que inventaram
toda
essas riqueza
tomada
de nós
pela
lei da cobiça;
as
mãos que trabalharam,
estas
mãos calejadas
se
unam agora
e
façam justiça.
Agora os mudos
recobram
sua voz.
Os cegos já vêem
o
que há por aqui.
Os mortos retornam
com
força a viver.
Palmares é agora
meu
nome é Zumbi.
.................................
Está muito difícil
aceitar
o absurdo
e
incorporá-lo no cotidiano:
o
absurdo de acatar o desmonte
da
caminhada da Igreja dos pobres
e
considerá-lo natural...;
Os evangelizadores tratados como marginais.
As pastorais populares (reprimidas como perigosas).
A Palavra de Deus anunciada aos pobres
vista
como distorção da verdade santa.
A celebração da vida
considerada
como
desvirtuamento da oração.
O poder partilhado
Como falsificação autoridade.
O processo formativo em comunhão com o povo
Como a ameaça á genuína à pastoral vocacional.
A caminhada de fé do povo de Deus
Trancada por decretos e decisões opressiva
Como atos libertadores da verdadeira Igreja.
............................................................................
Não!
Não deixei minha face
perdida
num espelho...
sei
muito bem onde ela está
e
onde vou procurá-la
para
refazer minha identidade.
Meu rosto está preso à terra encharcada de escravidão,
De minha força de trabalho
E de meu sangue
E do sonho que escorre em minhas veias...
Está pregado às maquinas
que
ganham meus sentimentos,
atrofiam
minhas ideias
e
desmancham meu sorriso de homem livre...
Está
petrificado
No colorido,
Na dureza
E na solidão
Das paredes do edifício,
Onde se planeja e decide
O império do Capital
E se elimina a vida do trabalhador...
Mas agora,
vou buscar m eu rosto
e fazê-lo
bandeira
de protesto e luta
para
revirar o chão,
desmantelar
as máquinas
e
fazer estremecer
os
tempos e ídolos da injustiça
e
recriar o mundo à imagem e semelhança do amor.
......................................................................................
Nos olhos de quem penetra
o
fundo das coisas opacas
provocando
o impossível horizonte,
tu
vês...
nos
lábios de quem beija
a
boca insaciável à procura
de
ternura e comunhão,
tu
amas...
Nas mãos de quem trabalha
Nas
mãos de quem trabalha
e
tenta reinventar
a
criação que irrompe
e
desafia a coragem
do
homem e da mulher
para
repartir a vida,
tu
crias...
Na
voz de quem anuncia
o
grito reforçado
dos
pobres oprimidos
em
ritmo de esperança,
tu
cantas...
Na
luta dos que se unem
para
defender sem medo,
o
direito de viver
e
de conviver no amor,
tu
salvas...
No
caminhar da gente
que
busca terra e pão
e
não perdeu a fé
de
cultivar a paz,
tu
vais...
...................................
Vibra
uma canção
cantada
pela
madrugada
como
oração rezada
arrancada
da
garganta da terra
em
guerra
que
encerra
o
conflito,
o
grito
deste
rumor infinito
que
nasce
feito
esperança,
feito
flor que ao vento dança que é
rosto de criança
de
vida nova,
de
amor,
que
o povo dos pobres cria,
toda
hora, todo dia,
fruto
da dor e alegria,
semente
de explosão
no chão
e
no coração
como
um sonho (?)
que
invade
cada
poro da realidade: LI-BER-DA-DE.
..................................................................
Onde
vão contar os sonhos
de
que fizeram real
a
vida acontecida
na
manha que chegou?
Onde
vai cair o sangue
de
quem foi ferido na peleja
e
caiu de honra em turno
nos
caminhos misteriosos do absurdo?
Onde
se despetalam a flor colhida
pelas
mãos apressadas
de
desejar o fruto
antes
da hora, anormal?
Onde
ficarão os pedaços das palavras explodidas
que
não couberam(?) na paixão
o
curso da dor, o grito da guerra.
..................................................
Meu
irmão,
Carlos
Drumond de Andrade,
você
nos diz numa inspiração
para
não perder a inspiração
para
não perder a esperança
e
não tropeçar nas pedras do caminho...
Você
se afasta
no
silêncio
como
você gostava de ficar...
Desta
vez você foi
para
se encontrar como toda a poesia
lavada
com teu sorriso
e
com nossas lágrimas.
Mas
se há saudade
Marcando
tantos rostos,
Há você caminhando mansamente
Em
cada verso
Que
você escreveu
No
coração da gente...
...................................
O
cotidiano vai tomando conta de mim
e
me vai fazendo
à
sua imagem e semelhança.
Ligo
a televisão
Prá
ver o programa
Do
Chico e Caetano
e
acabo gostando mais
do
comercial.
Me
levanto
prá
matar a fome do cachorro
que
ta me envolvendo
de
reivindicação com seus latidos
Me
lembro que o cachorro é irracional
mas
um animal que come,
o
contrario do homem.
E
ainda falta cozinhar o feijão
Que
amanhã tenho que acordar cedo
e
pegar o ônibus
para
o trabalho.
...........................................................
Tiro
um livro da estante
e vou procurar
uma
palavra
prá
traduzir o que sinto
e
que sei fazer silêncio.
Ouço
ruído do ônibus
e o
...(?)
do
sangue dos trabalhadores.
Ainda
é Natal,
Embora
mal se sente
O
som da “ Note Feliz”
de felicidade
tão curta...
curto
a inspiração
que
ouvi Gil
fazendo
uma homenagem
à
mamãe Menininha.
..........................................
quinta-feira, 19 de abril de 2012
terça-feira, 17 de abril de 2012
sábado, 14 de abril de 2012
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