A LÁGRIMA
A lágrima que
lava
a face
alimenta também
a semente da alegria
que renasce...
A solidão
que doeu fundo
é também, lá dentro,
apelo de comunhão
do mundo...
A noite quase
sem fim da opressão
se quebra nas manhãs das
lutas
que libertarão...
Ainda
caminharemos juntos
nas calçadas,
sem medo de cantar,
e de mãos dadas...
Então v ai ser
muito bom
você lembrar
que valeu a pena
arriscar...
POEMA ILÓGICO
Piso firme o chão esburacado
e
tropeço e caio nas ruas asfaltadas
Me
alimenta a poeira do sertão
e
me faz mal a viração do mar.
Bebo
nas retinas o sol das catingas
e
cego o olhar na luz das avenidas.
Parece
que está chegando a hora
de
refazer nossos caminhos
para
que nosso corpo dance
no
ritmo e na dimensão do povo.
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