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quarta-feira, 27 de junho de 2012

Evangelho do dia:27/06/2012

25/06/2008   Os falsos profetas-mt-7,15-20



Padre Bantu Mendonça K. Sayla
Jesus no evangelho de hoje chama-nos a uma vigilância redobrada. Devemos estar sempre de sobreaviso com respeito aos falsos profetas: Cuidado com os falsos profetas. Quem são e o que fazem? São pessoas que nos querem convencer de que têm mensagens de Deus, para tirar vantagens da nossa credulidade.

Eles chegam disfarçados de ovelhas, mas por dentro são lobos selvagens. São todos aqueles que se disfarçam colocando uma capa de humildade e mansidão para se parecer com os verdadeiros crentes, mas na realidade são ferozes destruidores, cujo intuito é tirar proveito dos imaturos, dos instáveis e dos ingênuos que lhes dão ouvidos, afastando-os de Cristo e da Sua Palavra.

Se estivermos em atenção máxima, o Senhor no-lo declara: pelos seus frutos os conhecereis. Talvez possam parecer convincentes pelas suas palavras e pela sua falsa aparência, mas eles se revelarão pelo seu procedimento. Lembra-nos Jesus que, os espinheiros não dão uvas, e os pés de urtiga não dão figos. Assim, toda árvore boa dá frutas boas, e a árvore que não presta dá frutas ruins. A árvore boa não pode dar frutas ruins, e a árvore que não presta não pode dar frutas boas.

Os que realmente são de Deus dão bons frutos. E segundo São Paulo estes frutos são: o fruto do Espírito é caridade, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança, bondade, justiça, e verdade.

Os falsos profetas serão reconhecidos pela falta destas virtudes, e serão denunciados pela Palavra de Deus. Seu destino é serem lançados no fogo, a perdição eterna.

A ti meu irmão, minha irmã me dirijo. Que tipo de árvore tu és? Pelos teus frutos serás reconhecido se és bom ou mau. És bom ou mão profeta? O mundo está cheio de profetas da desgraça. Por isso, chega dos que já temos.

Neste evangelho Jesus quer te dar uma chance de mudares de vida. Inxerta-te n’Ele que é a Videira que tem como agricultor o seu próprio Pai, afim de que possas dar frutos bons.

Quero lembrar-te de que o bom profeta não é aquele que diz e faz o que o povo gosta e quer de fazer e ouvir. Mas sim, aquele que diz o que o povo deve fazer e ouvir para se poder salvar. Isto muitas vezes o coloca em risco, em perigo e até o leva ao derramamento de sangue.



Não quero um Evangelho fácil
O mundo tem medo das palavras de Jesus
Olhando para o Evangelho deste tempo, a liturgia nos apresenta o de São Mateus: são normas, leis e vida para se entrar no Reino de Deus. Nós sabemos que Jesus não tem meio-termo: “Seja o vosso sim, sim e o vosso não, não” (cf. Mt 5,37).


Muitos interpretam a Palavra do Senhor de qualquer jeito, mas Ele é firme, radical e sem meio-termo. Para se entrar no Reino de Deus precisamos viver o Evangelho na sua profundidade e moldar nossa vida de acordo com a vida de Jesus.


“O único Evangelho é o Evangelho do Reino de Deus. Jesus é o Rei, o Senhor, a autoridade máxima. Jesus é e está no centro do Evangelho. O Evangelho do Reino é Cristocêntrico. Em contraposição temos visto um evangelho cujo centro é o homem, um evangelho para o homem, um evangelho humano, antropocêntrico. Torna-se assim, um tipo de ‘propaganda’, de oferta tentadora, na qual se faz ‘abatimento’ e se abrem ‘facilitações’ para o ‘freguês’. Levam um evangelho de “múltiplas vantagens” para quem o aceitar” afirma monsenhor Jonas Abib.


Hoje, o mundo tem medo das palavras de Jesus porque elas incomodam, trazem luz às trevas, denunciam e libertam. O povo quer um Evangelho fácil, querem que as palavras de Jesus se adaptem àquilo que vivem e não querem se adaptar ao Evangelho. Muitos estão vivendo a impureza, deixando-se ser moldados pelas paixões e pelos prazeres sexuais, alegando que hoje não têm como viver a pureza, e que todos somos fracos. Mas o Senhor nos fala que bem-aventurados são os puros de coração, porque verão a Deus! Outros querem viver a ganância porque a vida fácil é melhor, querem seres ricos, não querem sofrer, não têm misericórdia para com seu semelhante e querem viver a “lei do olho por olho, dente por dente”, e o Senhor fala: Bem-aventurados os que têm um coração de pobre... Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia!... Não julgueis, e não sereis julgados...

Ficam dizendo que não é tudo isso que Jesus quis dizer e que Ele não era tão radical como pregam por aí, como a Igreja fala e os cristãos querem viver. No entanto, nós não podemos viver um Evangelho de “meia medida”!


Querem ouvir somente que “Deus é amor e misericórdia”, mas não querem se converter. O amor e a misericórdia não estão separados e a conversão é uma busca radical pelo Senhor. A noção de conversão é expressa de maneira muito concreta por meio do verbo "voltar", ou seja, "voltar atrás", voltar para o Senhor com todo o coração, retomar o caminho das suas veredas. Porém, a conversão se dá numa vida de busca do Senhor, de renúncias das coisas que levam ao pecado, na vivência do Evangelho. Jesus precisa passar a ser o centro das nossas vidas!


Claro que todos nós continuamente estamos em processo de conversão, isto é, dessa volta para o Senhor. Precisamos dizer que não queremos outra vida a não ser seguir a voz do Senhor, fazer a vontade d’Ele – mesmo que venhamos a ser criticados, perseguidos, pois a vida é garantida para quem busca o Senhor Deus como o coração em uma vida nova.


Queremos uma vida diferente daquela que antes vivíamos. É uma adesão radical por Jesus, uma mudança de comportamento, de falar, de agir; esse é o processo de conversão pelo qual precisamos passar. Mas ninguém muda da noite para o dia, passa também pela paciência, pelo recomeçar todos os dias, pela mudança diária, e principalmente, pela vida de oração e pela busca do Senhor e abandono da vida velha.


Efetivamente, a nossa fé não é uma ideologia, mas a adesão ao Nosso Senhor Jesus Cristo. É o próprio Senhor que o declara: "Convertei-vos a mim!". E o profeta Joel explica e justifica esse convite: "Convertei-vos ao Senhor, vosso Deus, porque Ele é clemente e compassivo", e ele mesmo, por sua vez, compreende e perdoa.


Não podemos ser cristãos que buscam as coisas fáceis e algo como mágica. Estamos numa geração de cristãos que não querem ser radicais no seguimento a Jesus. É difícil viver o Evangelho radical neste mundo; contudo, não podemos desistir. Por isso, estou incentivando você, leitor, a não desistir do nosso Deus, a lutar pela santidade e pela vida autêntica de cristão. Vivamos o Evangelho na sua profundidade e radicalidade.


Escreva para o autor: padrereinaldo@cancaonova.com


Padre Reinaldo
padrereinaldo@cancaonova.com


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