A ÉTICA [Antenor de Andrade]
Não é novidade
que o homem moderno esteja frequentemente bombardeado por novas incidências
éticas. Estas novidades têm algo a ver com o problema já abordado
anteriormente: a ecologia.
Novos interrogativos
éticos
Os estudiosos
vêem estes problemas se agruparem em duas frentes: ou em direção à destruição
pura e simples do planeta, ou à construção de outras formas de vida e de
convivência social.
Utopia de
sonhadores que habitam nuvens passageiras?
Ambas as visões nos levam a nos interrogar: como
transformar a mentalidade de nações e governos que só vêem os próprios
interesses, as afirmações e imposições sempre mais subjugantes e maquiavélicas de
suas próprias idéias e vontades?
Como seguir princípios éticos comuns, quando os povos são manipulados pelos
poderosos que não têm interesse em criarem novos parâmetros de vida. Pelo
contrário se apegam dia a dia aos
privilégios e sistemas que os sustentam? Como criar uma ética universal, normas
de convivência humana que sejam aceitas por todos e onde os homens se sintam
verdadeiramente uns companheiros dos outros, sem privilégios, nem divisões, mas
seguindo a mesma filosofia de colaborarem uníssona e fraternalmente na melhoria
de si próprios e do universo? Utopia de sonhadores, habitantes de nuvens
passageiras?
O despertar de
uma nova consciência coletiva
Será que o
despertar de uma nova consciência coletiva chegará a tempo e conseguirá mudar o
rumo, antes que seja tarde? E se tal acontecesse quem seria capaz de respeitar,
de por em ação essa ordem universal diferente, dirigida por uma ética comum
aceita pacificamente por todos?
O desejo e a
procura irracional da posse, poderá conduzir o homem à auto destruição. Se não
houver um novo sentido de responsabilidade onde vamos terminar? No nada de onde
viemos? Na jungla primitiva dos tempos imemoriais? Numa batalha universal, onde
alguns talvez sobrevivam? Os habitantes de outros mundos não estarão esperando o
momento de nos assaltar e nos fazermos colônia de algum astro mais humano, mais solidário, mais
inteligente?
Enquanto não
nos considerarmos pessoas, inteligentes, racionais, capazes de progressos sem
destruição ou escravização da própria espécie ou da ecologia, a casa onde
vivemos temporariamente, estaremos
nos afastando de nosso ser pessoa e desaparecendo, nós e o universo onde
vivemos.
Desenvolvimento
econômico e desenvolvimento humano
O conceito de desenvolvimento econômico, de
progresso, de poder, não pode se dissociar do desenvolvimento humano.
Desenvolvimento que integra indiscutivelmente todos os aspectos, materiais,
psíquicos, espirituais, religiosos.
Uma nova
consciência trará um novo modo de ser em que os valores, os direitos e a
dignidade humanos não serão vilipendiados, nem modificados enganosamente por
uma ideologia em desacordo com a harmonia do universo. Chegaremos a esta Ética
comum?
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