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terça-feira, 28 de maio de 2013

Resumindo a Liturgia de hoje, 28/06


Uma leitura superficial dos textos bíblicos, que a liturgia de hoje nos oferece, pode induzir-nos em erro e levar-nos a concluir que a nossa relação com Deus é semelhante à que podemos ter com um banco: depositamos determinada soma e, no devido tempo, vamos levantar os juros. Na primeira leitura o rendimento seria sete vezes maior do que o depósito. No evangelho, os ganhos seriam a cem por cento.
O mais importante é construir uma relação interior com o Senhor. É esse o objectivo principal da Lei. Mas há que estar atentos ao próximo, porque o bem que se faz aos outros também é sacrifício agradável a Deus. Dar esmolas equivale a um sacrifício de louvor a Deus.

Aqui se trata tb de entrar em comunhão com Alguém. O que mais vale é a oferta da nossa vida, na fidelidade à vontade de Deus, na generosidade em seguir os seus ensinamentos.
Oferecemosa Deus nossa vida. A recompensa do dom, por parte de Deus, que Lhe fazemos, acontece a nível pessoal: é-nos dada «a vida eterna», isto é, a visão de Deus, a comunhão plena e definitiva com a Trindade. Seguir a Cristo, significa entrar com Ele, por Ele e n´Ele, no mistério da Trindade. É este o verdadeiro «cem vezes mais».

Na celebração eucarística, vivemos este mistério. Oferecemos o pão e o vinho, que recebemos da bondade e da generosidade do Criador, para que se tornem, para nós, «Pão da vida» e «Vinho da salvação». Esta é a dinâmica da nossa vida cristã, que nos deve encher de alegria, porque somos, na verdade, envolvidos pela generosidade divina que tudo nos dá, para que o possamos oferecer e receber ainda mais. Trata-se de uma verdadeira exigência do amor, da caridade que anima a Igreja: quanto recebemos do amor de Deus, deve ser partilhado largamente com os outros... Jesus ordena-o aos discípulos, quando os envia em missão: «Recebestes gratuitamente, dai gratuitamente» (Mt 10, 8).


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