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terça-feira, 28 de maio de 2013

Resumindo a liturgia de hoje.


1a. Leit> O autor sagrado eleva uma bela oração a Deus em favor do seu povo, Israel. O povo escolhido tem necessidade de ser libertado e de reencontrar a sua missão de ser amostra das promessas de Deus, farol da fidelidade e do amor de Deus por todos os povos. Israel foi, muitas vezes, fiel à sua missão. Mas, tantas outras, foi infiel, quebrando a Aliança. Assim perdia o canal de ligação à fonte da sua própria vida. A dramática experiência do exílio, que deitou por terra as suas esperanças, comprometendo a sua missão histórico-teológica entre os povos.
Ev> refere diversos episódios ocorridos durante a caminhada de Jesus para Jerusalém. Jesus avança rodeado de discípulos apavorados e de pessoas cheias de medo. Pela terceira vez, fala da paixão, que se aproxima. Fá-lo com muitos pormenores (vv. 33ss.). Mas os discípulos parecem nada compreender. Os filhos de Zebedeu continuam interessados em alcançar uma boa posição no Reino: um quer ficar à direita de Jesus e outro à esquerda (v. 37). Os outros discípulos estão preocupados com assuntos que nada têm a ver com os do Senhor. Mas Jesus revela aspectos centrais relativos ao discipulado: o essencial é a docilidade a Deus e ao seu projecto. Ele próprio decidirá a posição de cada um no Reino. E Jesus resgata a humanidade, não para se tornar Ele mesmo um «rei» opressor, mas paradoxalmente um «rei» servo. Também os cristãos não podem contrapor ao «poder demoníaco» um «poder cristão», mas colocar-se de modo amoroso e humilde ao serviço da humanidade.

Meditatio
O povo de Israel, escolhido para ser luz das nações, atraiçoou a Aliança, envolvendo-se em aventuras pecaminosas que o levaram ao exílio. Desse modo, não realizou a sua vocação nem ajudou os outros povos. Na primeira leitura, pela boca de Ben Sirá, o povo reconhece as suas culpas, mostra o seu arrependimento e pede perdão, sem alegar desculpas, pois está consciente das responsabilidades que tem na sua própria falência. Reconhece que a misericórdia de Deus é a sua única tábua de salvação. Por isso, clama repetidamente: «Tem piedade de nós,Senhor» (v. 3ª). A salvação de Israel irá acontecer com a dos outros povos que o Sábio cita na sua oração. Brilha no horizonte um raio de esperança.

O evangelho mostra-se a triste figura dos Apóstolos. Havia tempo que andavam com o Senhor. Mas pareciam não ter aprendido nada, pois andavam empenhados na divisão do poder. Tudo começa com a atitude arrogante dos filhos de Zebedeu, Tiago e João. Mas, se estes erram, também os outros se mostram pecadores, porque se deixam levar por sentimentos de hostilidade contra os dois irmãos: «Os outros dez, tendo ouvido isto, começaram a indignar-se contra Tiago e João» (v. 41). E Jesus tem que intervir. Recomenda aos dois irmãos que se ponham nas mãos de Deus, que tudo dispõe como acha melhor. Ensina a todas que a autoridade não é um posto de afirmação pessoal, de busca dos próprios interesses, mas um serviço a exercer com humildade e generosidade. Se for necessário, aquele que preside deve estar disposto a dar a própria vida no exercício da missão que lhe foi confiada. Assim faz o próprio Jesus. 

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