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quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Acolher os idosos



Santa Sé


"Quem acolhe os idosos, acolhe a vida"
Bento XVI visita e abençoa uma casa para idosos fundada e administrada pela Comunidade de Santo Egidio
Luca Marcolivio
ROMA, segunda-feira, 12 de novembro de 2012 (ZENIT.org) - Por ocasião do Ano Europeu do Envelhecimento ativo e da Solidariedade entre as Gerações, o Papa Bento XVI visitou esta manhã a casa para anciãos "Viva os Idosos”, fundado e administrado pela Comunidade de Santo Egídio.
O evento contou com a presença de Marco Impagliazzo, presidente da Santo Egídio, Andrea Riccardi, Ministro da Cooperação Internacional e fundador da Comunidade, Monsenhor Vincenzo Paglia, presidente do Pontifício Conselho para a Família, e Monsenhor Mateus Zuppi, Bispo Auxiliar do centro histórico de Roma.
O Santo Padre visitou toda a estrutura, e depois foi para o jardim, onde se encontrou com os idosos, voluntários e membros da comunidade de Santo Egídio.
Depois de agradecer o presidente Impagliazzo em seu discurso, o Papa afirmou: "Eu venho até vocês como Bispo de Roma, mas também como um idoso, visitar meus coetâneos". As dificuldades e os sofrimentos associados à terceira idade são ainda mais "agravados pela crise econômica", acrescentou.
No entanto, apesar da tristeza associada a este momento da vida - às vezes agravada pela nostalgia da própria juventude - Bento XVI declarou: "Ser ancião é belo". De fato, recordou o Papa, a Bíblia considera a longevidade "uma bênção de Deus", e um “dom a ser apreciado e valorizado”.
Existe uma mentalidade diferente hoje, "dominada pela lógica da eficiência e do lucro", que muitas vezes rejeita o idoso, pois o considera "não-produtivo" e "inútil". O Santo Padre demonstrou o desejo de que os idosos de hoje pudessem, tanto quanto possível "permanecer em suas próprias casas”. Na verdade, eles são portadores de uma grande “sabedoria de vida”.
“A qualidade de uma sociedade, gostaria de dizer de uma civilização, acrescentou Bento XVI, julga-se também pela forma como os idosos são tratados e pelo lugar que lhes é reservado na vidaem comum. Quemdá espaço aos idosos dá espaço à vida”.
A solidariedade entre os jovens e os idosos ajuda a compreender “como a Igreja é, efetivamente família de todas as gerações", onde todos podem se sentir "em casa" e onde "não reina a lógica do lucro ou do ter, mas aquela da gratuidade e do amor”.
A visita de hoje se situa no ano europeu do envelhecimento ativo e da solidariedade entre as gerações, neste contexto o Papa recordou que: "os idosos são um valor para a sociedade, especialmente para os jovens" e não haverá "verdadeiro crescimento humano e educação" sem um "contato fecundo com os idosos".
Com o avançar da idade, o homem faz cada vez mais "a experiência da necessidade de ajuda de outras pessoas”. O mesmo aconteceu com Pedro, a quem (cf. Jo 21:18), o Senhor anuncia o martírio, mas ao mesmo tempo "faz refletir sobre o fato de que a necessidade de ajuda é uma condição do idoso".
As pessoas mais velhas, com necessidade de ajuda, nos recordam que "o ser humano é relacional", acrescentou o pontífice, elogiando o ambiente do asilo visitado, onde "quantos ajudam e quantos são ajudados formam uma única família, cuja seiva vital é o amor".
A oração dos idosos "pode ​​proteger o mundo, ajudando-o, talvez, de modo mais incisivo do que a labuta de muitos”, prosseguiu.
Depois de pedir a oração dos hóspedes da casa pelo “bem da Igreja e a paz do mundo", o Papa acrescentou: "Sintam-se amados por Deus, e saibam levar à nossa sociedade, muitas vezes tão individualista e tecnicista, um raio do amor de Deus”.
Após a bênção final, antes de sair, Bento XVI abençoou uma placa em memória de sua visita às instalações.

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