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quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Evangelho, quarta-feira, dia 07-11-2012




 "Se alguém vem a mim e não odiar  seu pai, sua mãe, sua mulher, seus filhos, seus irmãos, suas irmãs e até a sua própria vida, não pode ser meu discípulo".
          Jesus  usa o termo odiar, que é um exagero semítico para explicar que para seguir Jesus, é preciso renunciar tudo e a todos  que ficam no caminho do compromisso total  com Jesus, mesmo que sejam parentes próximos. Nesse sentido, "odiar" significa "preferir menos", e não o ódio que habitualmente conhecemos.
       
Como vemos, ser discípulo, ser sacerdote, é se entregar. É morrer para si. Tanto é que até um dia desses, os padres usavam batina preta, para significar mortalha, morte para si, entrega total ao serviço de do Reino. Por isso, o sacerdócio deve ser decidido com prudente deliberação.
        Jesus usa dois exemplos: o construtor sábio não começaria um projeto sem avaliar sua capacidade para terminá-lo; somente um louco iria para o combate sem conside­rar as probabilidades de vitória.
         Para o discípulo cristão, o sen­tido é que a renúncia é o sal do discipulado. Quando um seguidor de Jesus começa a ocultar alguma coisa, o discipulado se torna uma charada.  A parábola do sal tem várias aplicações. No Evangelho de Mateus, está ligada à imagem da luz e é usada em termos de bom exemplo (Mt 5,13); em Marcos, o sal é fonte de paz na comunidade (Me 9,50).
        É por isso que a decisão de ser sacerdote deve ser uma coisa muito bem pensada. E nos tempos atuais, a coisa fica muito mais difícil, porque o sacerdote é bombardeado por todos os lados, por uma enxurrada de sensualidade que lhe invade os sentidos principalmente os olhos. É  pela televisão, pela internet, pelos filmes e até andando pelas ruas.  Assim, fica muito difícil não obstante a graça de Deus e a ajuda da Mãe castíssima, um padre negar a si mesmo, dizendo não a sua sexualidade.
        Tenho a impressão que se Cristo Jesus andasse hoje pelas nossas comunidades, provavelmente faria algumas concessões na preparação dos novos padres, ou mesmo na vida dos sacerdotes já existentes, talvez mudando o celibato  obrigatório, para um celibato opcional. E com certeza, teríamos muito mais sacerdotes.

*** (Para ajudar a refletir)

- No texto em pauta, percebemos algumas preocupações de Jesus para com os que desejam segui-Lo.
- Na parábola da Ceia, anteriormente, Ele já havia notado como muitos convidados não tinham comparecido.
- Por outro lado Ele quer evitar que as pessoas O sigam sem entenderem a verdadeira importância da escolha. 
- Ele não quer discípulos de "nome", ou pela metade. É a história de acender duas velas uma a Deus e outra ao diabo.
- Seus discípulos devem "negar-se a si mesmos".
- Sua insistência significa a  importância que Ele dá ao assunto.
- Jesus quer uma união consigo mais forte do que a que mantemos com nossos parentes (pai, mãe, irmãos, esposas, filhos, interesses pessoais).
- Essa condição não é apenas para os  padres, monges, religiosos, freiras, mas para todos os que quiserem segui-Lo,  os chamados Cristãos/ãs.
- seguir a Jesus é uma decisão do coração.

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